Inovação para estimular outras

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

Inovação para estimular outras

Antes mesmo de iniciar, a Expovale 2018 dava sinais de ser uma das melhores. Não apenas pelos arrojados e inovadores estandes dos expositores, mas pelo clima em seu entorno.
Chegamos ao último fim de semana e com ele a confirmação: a feira cumpriu seu papel e ampliou seu espectro. A vinda das cooperativas, a inovação tecnológica de empresas como STW, por exemplo, são singularidades nunca antes vistas na Expovale.
Apesar do pessimismo de um ano eleitoral, o evento supera em muitos aspectos todas as anteriores, ainda que cada uma tenha sido importante no seu tempo.
A diferença da feira deste ano é o legado que deixa, ao proporcionar fatos históricos como da assinatura do protocolo de parceria entre as duas maiores cooperativas regionais – Dália e Languiru –, que passam a desenvolver negócios em conjunto. Isso fortalece não apenas o cooperativismo regional e os associados dessas duas organizações, mas reflete no entorno. Repercutirá no comércio e na prestação de serviços de centenas de empresas que atendem as duas cooperativas.

Languiru e Tecnovates/Univates aproveitaram a vitrina da Expovale para assinar parceria com vistas ao desenvolvimento de inovação. Na foto, o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, o reitor da Univates, Ney José Lazzari, e a diretora do Tecnovates, Simone Stülp.

Languiru e Tecnovates/Univates aproveitaram a vitrina da Expovale para assinar parceria com vistas ao desenvolvimento de inovação. Na foto, o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, o reitor da Univates, Ney José Lazzari, e a diretora do Tecnovates, Simone Stülp.


O Mundo Cooperativo consolida uma Expovale regional, a qual cumpre sua função de ser vitrina para grandes e pequenos negócios. O entusiasmo dos expositores, as novidades trazidas por empresas locais e mesmo de fora, o sucesso do salão do automóvel, foram um conjunto de acertos e que denotam a importância de uma feira regional para o desenvolvimento local.
A Expovale, antes criticada pela falta de foco, parece encontrar a sua vocação: caminha para ser a Expovale da cooperação, do compartilhamento, que reúne a diversidade econômica regional e dá luz às inovações.
O poder público fez a sua parte. Ao menos não se ouviu as críticas de anos anteriores, ainda que essas são absolutamente normais e necessárias. Mas aqui vai o registro do esforço do Executivo de Lajeado em buscar o acerto para a feira. É o velho ditado: “se o poder público não atrapalhar, já fica bom”. Mas, se empenhar trabalho e crédito, fica melhor ainda. Está no caminho.
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O futuro presidente, Miguel Arenhart e sua equipe, têm um enorme desafio pela frente. E é um bom desafio, pois o pontapé está dado para alavancar a mais antiga das feiras do Vale na maior de todas. Não somente em tamanho físico ou de público, mas em vitrina estratégica para a região reunir oportunidades, fazer e prospectar negócios, e se desenvolver.
Em reconhecimento ao trabalho voluntário de toda comissão organizadora, liderada pelo empresário Valmor Scapini, somado ao dinamismo da presidente da Acil, Aline Eggers Bagatini e sua diretoria, me permito concluir esta coluna de opinião com um cumprimento maiúsculo: PARABÉNS!


Estrela cometerá um grande erro

A história de Estrela se confunde com as imediações da escadaria e da Polar. É um local incrível, com vista ao Rio Taquari e que se impõe como grande trunfo turístico regional. Também é apropriado para ser um grande centro de inovação, cultura e arte, bem na beira do Taquari.
Ao que tudo indica, Estrela se curvará. Venderá um de seus principais cartões-postais para instalar um órgão público estadual. A vista privilegiada vai iluminar o gabinete de alguns juízes e funcionários do novo fórum. Nada mal, mas penso que Estrela poderia se valer desse espaço para algo mais estratégico.
O colega Rodrigo Martini, que recém retornou da Europa, foi escalado para apurar a história do local, muito bem documentada e registrada nesta edição, nas páginas 12 e 13.
Ainda que o prefeito de Estrela, Carlos Rafael Mallmann, considera difícil mudar o plano, seria de muita sensatez impedir que esse patrimônio tão singular sucumba para construir um prédio cimentado que vai enterrar a história de Estrela, para sempre.
Daqui a 50 anos, os filhos e netos das atuais gerações lembrarão dessa decisão com tristeza, assim como tantos outros exemplos já se registram em Lajeado ou outras cidades da região.
Definitivamente, estamos longe de aprender com nossos erros de outrora.


Em maio, município conquistou o prêmio MuniCiência, em Brasília

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Em solo português

O prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Cezar Kohlrausch, viaja na próxima semana a Portugal, onde apresentará o projeto de empreendedorismo Santa Clara Tem Valor. Kohlrausch viaja a convite da Confederação Nacional dos Municípios, após reconhecimento nacional pelas práticas de boa gestão. O objetivo é compartilhar as experiências com o país lusitano. Faro Cascais e Lisboa são as cidades onde a comitiva brasileira trocará experiências, além da Universidade de Coimbra.


Caneta de ouro

O secretário-executivo da Acil, Antônio Juarez da Silva, guarda com esmero a caneta utilizada pelos presidentes das cooperativas Dália e Languiru, na manhã de sábado passado, quando da assinatura do protocolo de intenção para desenvolver negócios em parceria. Nem Juarez, mestre de cerimônia do protocolo, sabia da surpresa. As duas cooperativas revelaram o acordo no meio da solenidade de inauguração do espaço Mundo Cooperativo. A repercussão foi enorme na região e mesmo em outros estados e países, onde as duas têm negócios.


Novos horizontes

E por falar em Languiru e Dália, ambas protagonizaram outros feitos nesta semana. A Languiru firmou parceria com o Tecnovates para desenvolver inovações e tecnologia para a cooperativa. O ato oficial foi nessa sexta-feira, no auditório da Acil, na Expovale.
Igualmente, a Dália estabeleceu um acordo com a empresa israelita, Plasson, para construir três dos nove núcleos de produção de aves. Mato Leitão, Encantado e Vespasiano Corrêa sediarão as unidades. A Sicredi Integração RS/MG participa com um aporte de R$ 15 milhões.

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