Por uma necessidades de saúde, Rangel Lange, 25, começou a participar de um coaching de emagrecimento. No processo, ele perdeu 21,3kg e doou essa quantidade em alimentos para instituições carentes como forma de incentivo.
• O que te incentivou a participar do treinamento?
O que mais me incentivou a perder peso foi uma lesão que eu tive ano passado, em um jogo de futsal. Eu rompi o ligamento cruzado do joelho esquerdo, correndo sozinho na quadra. A partir daí, eu percebi que estava feia a coisa, e que estava na hora de perder peso, porque poderia acarretar problemas mais graves. Primeiro, eu fui obrigado pela minha família, mas depois comecei a gostar de participar do treinamento para perder peso. Hoje inclusive sou padrinho da turma desta temporada, que vai até o início de dezembro.
• Como surgiu a ideia das doações?
Em julho e setembro deste ano, eu estava participando desse coaching de emagrecimento. Durante um dos encontros, na penúltima seção, foi proposto para todos os 52 participantes que cada um levasse em alimentos o que perdeu em peso durante o treinamento. Ao todo, foram dois meses nesse processo, e eu perdi 21,3 quilos, então, doei essa quantidade de alimentos. Teve pessoas que doaram de sete a 30 quilos. Eu lembro que um rapaz perdeu 30 quilos. Nós aderimos logo na primeira vez proposta, sem pensar duas vezes.
• O que essa ação significou para você?
Eu já havia doado em outras oportunidades para algumas entidades, mas dessa vez nós recebemos um estímulo por meio do treinamento. Com certeza, foi um incentivo a continuar perdendo peso, e ver o quão bom era isso. Ao fim do treinamento, conseguimos arrecadar um total de 780 quilos de alimentos. Eu fui junto na entrega, participei da doação. Eles foram destinados a instituições de caridade de toda a região. Quando fui junto, nós entregamos para uma entidade de Venâncio Aires, mas também teve entregas para Lajeado, Cruzeiro do Sul, Garibaldi, diversas localidades do estado.
• Qual seu sentimento ao unir uma necessidade sua a uma boa ação?
Entregar esses alimento para essas instituições, sabendo que serão destinados a pessoas que precisam, não tem preço. Nós temos uma vida confortável, não passamos por dificuldades, não temos noção do que é acordar de manhã e não ter um alimento para dar aos filhos. Tendo condições, é o mínimo que podemos fazer. O que custa doarmos todo mês alguns quilos de alimento para quem precisa?
• O que mais te marcou nesse tempo?
Percebi que quem precisa fazer as coisas por mim sou eu. Não esperar que as elas caiam do céu, nem que os outros façam por mim. Esse é o ponto que dou destaque nesse treinamento. Durante os encontros, nós fazíamos diversas dinâmicas, de hipnose, renascimento, que é uma técnica específica. Além disso, também assistimos a palestras e filmes que falam justamente sobre essa questão do poder que nós temos, que muitas vezes não damos importância.
Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br