Moradora do Boa União, em Estrela, Eduarda Sulzbach, 13, começou a tocar gaita em homenagem ao avô, que morreu quando ela tinha 4 anos. Hoje se apresenta com as bandas em festas da comunidade.
• Desde quando toca gaita? Por que começou?
Com 11 anos, eu fiz minha primeira aula de gaita, e gostei muito. Meu avô paterno morreu quando eu era bem nova, eu tinha 4 anos. Algum tempo depois, o meu pai me contou que ele gostava de gaita. Onde tinha alguém tocando, ele ia atrás dançar e fazer festa. Isso me deixou muito feliz e eu decidi começar a tocar, porque era uma coisa que me fazia estar ligada a ele. Tenho certeza de que ele está muito feliz e me acompanhando de onde estiver. A oportunidade de começar a tocar surgiu com os meus pais, Pedro e Eloide. Eles são da equipe da Boavistense, com o mascote que distribui doces nas festas. Eu vou junto com a gaita, e toco algumas músicas.
• O que mais gosta na música?
Fiz muitos amigos com a música, com pessoas que também tocam e que gostam do que fazem. Outra coisa muito legal são os aplausos e o apoio que recebo sempre. Hoje eu só toco gaita, mas tenho muita vontade de começar o saxofone também algum dia, porque gosto de todo o tipo de música. Moro no bairro Boa União, em Estrela, e é lá que eu faço as aulas. Por enquanto toco por aqui mesmo, pela região. Sou convidada por algumas bandas para tocar uma música ou duas nas festas da comunidade. Tenho bastante apresentações.
• Você quer continuar tocando?
Ainda não sei se vou seguir tocando para me tornar profissional, mas sei que quero continuar, porque a música é uma coisa muito boa que me deixa muito feliz. Na minha família, não tem músicos, mas eles sempre me apoiam muito. Principalmente indo às minhas apresentações para me assistir, e me elogiando para incentivar. Gosto muito de tocar músicas gauchescas, valsas, italianas e alemãs.
• Como você se sente sendo tão nova e já se apresentando? E também sendo menina, o que não é tão comum?
Me sinto muito grata. É importante começar cedo algo que te faça bem. A maioria das pessoas acha legal que eu toque, e me apoia, mas tem outras que não gostam tanto assim. As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço, e acho isso muito bom.
Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br