Com 81 anos, Ruberto José Horn reativou um costume da infância e adolescência: a corrida. Faz cerca de quatro anos que o morador do bairro Cristo Rei , em Estrela, se destaca por participar de provas na região. Neste período, foram mais de 30 medalhas.
• O que te motivou a participar de provas de corrida?
Foi minha filha. Ela é formada em Educação Física, participava das corridas e me convidou. No começo, fiquei meio assim né. Tava meio acostumado a correr na praia. Quando era novo, corria bastante, mas nunca tinha participado de rústicas ou competições.
• Como foi a primeira prova?
Um dia eu fiz um treino de cinco quilômetros e aguentei. Então me inscrevi em uma corrida e tirei segundo lugar. Então, eu continuei, pois para saúde é muito bom.
• Nas competições que participa, tem muitos concorrentes?
Existe duas faixas. No Circuito dos Vales, por exemplo, é de 60 para cima. Normalmente as outras é de 70 para cima. Com 81 anos, disputo com gente que tem 20 anos a menos que eu. No ano passado, na Rústica de Estrela, vi um atleta de Tramandaí mais velho que eu com 82 anos. Ele já tinha participado da São Silvestre e ganhou de mim lá, mesmo tendo dois anos a mais.
• O senhor conquista medalhas nessas provas?
Tenho mais de 30 medalhas em quatro anos, além dos troféus. Nem sei quanto são ao total.
• Qual foi a prova mais difícil que disputou?
A rústica do aniversário de Teutônia, pois tinha muitos morros. Na subida, eu tenho dificuldade. Acho que faz uns três anos que participei da prova lá. Depois disso não fui mais para evitar as subidas.
• Qual a importância de praticar esse esporte?
Eu me animei por causa da saúde. Eu chego melhor após a rústica do que quando entro. Às vezes completo a prova e ainda sobra. Com 81 anos, não tomo nenhum remédio e tenho a pressão normal. Treino duas vezes por semana e participo de competições sempre que posso.
Fábio Kuhn: fabiokuhn@jornalahora.inf.br