A facilidade de cultivar e a variedade do que a natureza verde-amarela fornece são a inspiração da nova linha de produtos da Padaria Suíça, do bairro Florestal, em Lajeado. ‘Terra brasileira’ reúne produtos e bebidas feitos com matéria-prima legitimamente nacionais e, sempre que possível, fornecidas por agricultores familiares locais.
A proprietária, Raymonde Cusin Dolgener, é natural do país europeu que nomeia o estabelecimento e vive aqui faz 25 anos. Ela diz que se impressiona com a diversidade da produção primária brasileira. “O Brasil é um país muito rico. Sempre frequentei as feiras, e eu me encanto.”
Todos os produtos são livres de lactose, glúten e derivados de animais – e os temperos são naturais. A cultura indígena também é um aspecto que ela aprecia e fez questão de destacar. Por isso, os produtos são identificados com ilustrações étnicas e expressões em tupi-guarani.
A barrinha de cereais (R$ 2) – com aveia, açúcar mascavo, castanha, banana, gergelim e especiarias e sem aditivos químicos – é chamada ‘Ibi’, que significa ‘a terra onde eu piso’. Já os palitos sortidos artesanais levam o nome de ‘Guatá’, que significa ‘caminho’. São feitos com fermento natural e aromatizados e coloridos com verduras e sementes, nos sabores beterraba com raiz forte, moranga, cenoura, cebola e alho, couve roxa e nozes (R$ 13,85 com 190g).
Em breve, devem ser lançadas embalagens menores, para que as crianças possam levar para a escola. “Queremos sensibilizar as crianças com produtos mais saudáveis. Os meus filhos são as minhas cobaias (risos); eles não comem muitas verduras, mas gostam dos guatás.”
A caixinha de cereais crocantes, a Poka Poka (R$ 4,90 com 80g), é uma das apostas para atrair os pequenos. Com elementos como aveia, açúcar mascavo, castanha-do-pará, flocos de arroz e especiarias, lembra granola, porém, apropriado para o consumo sem acompanhamento, como uma espécie de petisco. Os pacotinhos de frutas secas são outra opção para lanches nos dias mais quentes. Segundo Raymonde, o processo não leva óleo. Esse rol inclui até a famosa batata-doce, em sua versão sequinha (R$ 5,65 com 40g). Já as frutas variam de R$ 7,10 (100g de banana) a R$ 14,50 (100g de coco).
Mas o que mais chama a atenção de quem percorre o interior da loja é uma nova bebida. O caldo de cana moída na hora pode receber um toque de limão e gengibre ou de abacaxi (R$ 4,75 com 280ml), e tem sido um convite para os clientes relembrarem da infância. “Tem tanta cana por aqui e quase não se vê essa bebida. Temos que aproveitar mais.”