“Tem lugar para todo mundo cantar”

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“Tem lugar para todo mundo cantar”

Dona de uma voz potente e cheia de ritmo, a cantora lajeadense Ana Carolina Cézar, 25, acredita que o seu canto vem da alma. • Como despertou em você a vontade de cantar? Desde muito cedo, as pessoas diziam que…

“Tem lugar para todo mundo cantar”

Dona de uma voz potente e cheia de ritmo, a cantora lajeadense Ana Carolina Cézar, 25, acredita que o seu canto vem da alma.
• Como despertou em você a vontade de cantar?
Desde muito cedo, as pessoas diziam que eu sabia cantar. Nunca fui diretamente influenciada. Foi algo que surgiu de forma natural. Uns vizinhos meus tinham um karaokê, na época eu tinha 12 anos. Comecei cantando Ana Carolina e Marisa Monte. Então, percebi que eu tinha uma facilidade para imitar as vozes de alguns cantores, principalmente de música negra americana. Faz uns três anos e meio comecei a cantar profissionalmente na noite. Pratico o canto diariamente, seja no banho ou nos ensaios. Sempre me gravo, para depois ouvir. Já virou mania.
• A maior parte das vozes que sobem no palco em bares da região são masculinas. Como é ser mulher frente a esse mercado musical?
Não é fácil, mas também não é difícil. A gente procura fazer a música da melhor forma possível – não importando ser homem ou mulher. Procuro fazer bem aquilo que me proponho a fazer. Grande parte dos elogios que recebo vem dos homens. Tem lugar para todo mundo cantar.
• Nas suas apresentações, tanto a música negra americana quanto a brasileira são reverenciadas. No Vale, ainda há muita cultura musical no rock e no sertanejo. Como é a aceitação do público em relação a esse estilo?
Quando minha mãe estava grávida de mim, ela ouvia Donna Summer e Tina Turner. A influência desse estilo musical é inerente a mim. Todo mundo diz que minha voz é negra. E, de fato, é uma voz que eu me identifico. Desde criança, eu quis aprender a ser como essas ícones da música negra. A música ainda é um hobby para mim, mas em 2019 quero me dedicar ainda mais a isso como profissão. Se não consigo tocar em um lugar pelo estilo do meu som, procuro outro local para me apresentar. Pois, se a cultura é assim, a gente vai a outros lugares para ser ouvido. Não dá para desistir.
• O que a música negra representa na sua vida?
Diria que ao longo de toda minha vida, estes três anos em que tenho me dedicado a cantar em shows pela região, foi a coisa que mais vale a pena em toda minha vida. O que me encanta na música negra é o ritmo. Não é fácil de cantar e tão pouco fácil de tocar. Vem da alma. Tem que ter feeling.

Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

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