Arte e cultura são palavras que, juntas, manifestam significados importantes para a região porque que são sinônimos de expressão. Por meio do artesanato, da música, do teatro e da literatura, o Arte na Escadaria faz mais uma edição no domingo, a partir das 10h, na rua Arnaldo José Diel, no centro.
O movimento ocorre no primeiro domingo de cada mês, intercalando bandas e músicos acústicos para levar melodias à natureza. Este mês, Régis Silva, Banda Dorsea, Banda Rebobinados e Leandro Mallmann e banda são os responsáveis por embalar o dia em meio aos artesanatos.
Em cada espaço montado para as exposições, objetos feitos de tecidos, vidros, canos de PVC, crochê, artistas plásticos e desenhistas comercializam seus trabalhos artesanais para os visitantes do evento.
Outra ideia do movimento artístico é o espaço para as crianças, com pracinha e brinquedos, a fim de tirá-las do mundo virtual por alguns momentos. Para isso, Cléria Sulzbach é a protagonista na contação de histórias, sempre caracterizada com algum personagem diferente. Desta vez, ela vem “voando” em sua vassoura de bruxa, em alusão ao Halloween.
Vez ou outra, também tem feira orgânica e expositores de fora do Vale, como um de Montenegro que comercializa vinis e toca seus discos nos intervalos das apresentações. Outro projeto que faz parte do Arte na Escadaria é o Maternar, onde mães se encontram para conversar e tirar dúvidas sobre a maternidade, e a Roda de Conversa.

Entre as expressões, Arte na Escadaria reúne todo tipo de artesanato
Gosto pela arte
Aposentado como mecânico de refrigeração, Fernando Rocha, 56, criou o Arteliê do Vale na rua João Abott, no centro de Lajeado, e expõe seu artesanato no Arte na Escadaria, sempre que pode.
Ele conseguiu confeccionar uma máquina manual para fazer o corte de vidro em diversos tamanhos, e desde então vem montando objetos em vidro, como porta-velas, casas de passarinhos, entre outras coisas com objetos recicláveis.
“Eu considero o Arte na Escadaria uma feira diferente, com estilo próprio, um clima muito bom. Sempre fui muito bem recebido pelos organizadores”, conta. Ele lembra que começou a montar o artesanato como hobby que gostava de fazer, mas hoje a renda adquirida já faz um bom complemento para a aposentadoria.
As origens
Participante do Arte na Praça de Lajeado como artesã, Dolores Mussnich, a Doca, resolveu levar um movimento artístico parecido a Estrela, e em 29 de agosto de 2015, ela e José Itamar, o Bitti, criaram o Arte na Escadaria.
Doca conta que escolheram a Escadaria por ela apresentar uma energia inexplicável, e uma história que faz parte da vida de muitos estrelenses. Há muitos anos, ali existia a antiga cervejaria Polar. “Ocupar esse espaço é valorizar a história e dar vida à Escadaria”, conta.
Ela também busca utilizar rótulos da cervejaria em seu artesanato feito em madeira e cascalhos, bem como nas lembrancinhas de Estrelas que ela confecciona.
“A ocupação dos espaços públicos dessa forma é uma oportunidade para poder expor trabalhos, fazer rodas de conversa, estimular a educação e a infância e valorizar os artistas locais”, lembra.
Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br