Por que Bolsonaro e Leite são favoritos

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

Por que Bolsonaro e Leite são favoritos

Se as pesquisas estiverem certas, Jair Bolsonaro (PSL) será o futuro presidente do Brasil e, Eduardo Leite (PSDB), o próximo governador do Rio Grande do Sul.
Bolsonaro incorporou o sentimento popular anti-PT. Como nenhum outro candidato, foi assertivo ao mirar o “fogo” contra o “inimigo”, desde o princípio.
Enquanto Alckmin e outros conservadores pouparam o PT para tê-lo no segundo turno, esqueceram que Bolsonaro arrematasse o espaço.
O capitão do Exército é fruto da frustração e indignação do povo. Mais da metade de seus eleitores não votam por convicção. Votam nele por que o consideram o “menos pior” e capaz de encerrar o ciclo petista.
A rejeição ao PT e aos políticos tradicionais é a explicação do fenômeno Bolsonaro. Ele fala o que muitos querem ouvir, apesar das bobagens e exageros que traz na carona. Entretanto, ninguém o segura e, possivelmente, será eleito neste domingo.
Aos demais partidos, resta a lição. Subestimaram os eleitores e não fizeram o dever de casa. A soberba do PT, aliada à corrupção, verificada também na maioria dos demais partidos, mais a falta de renovação partidária, “pariram” o fenômeno Bolsonaro. E a população está disposta a “pagar pra ver”.
No RS, existe um outro fator em jogo. Afora a sina da reeleição, os gaúchos não gostam de olhar para o retrovisor, ainda mais no atual momento político em que a maioria quer renovação. José Ivo Sartori pode até estar certo em muitas coisas, mas o seu apego aos problemas e dificuldades para justificar sua campanha não foi assertivo.
Seu discurso focou demais em perspectivas negativas. Deu a real, demais. Ele bem que tentou explicar a realidade gaúcha e convencer não haver milagres. Mas esse é um argumento pouco sedutor.
Sartori é coerente quando invoca o passado e o atual momento do RS, e esquece que o povo não vota em passado, nem em problemas.
As pessoas querem líderes otimistas, que rompem o status quo, que apresentem alternativas. A compreensão e o desejo da maioria se pautam, via de regra, na sensação de melhores perspectivas.
Eduardo Leite foi inteligente e astuto, desde o primeiro dia de campanha. Seu discurso traz entusiasmo, coragem e boa dose de equilíbrio na sua retórica.
Outro fator que, no meu ponto de vista, não ajudou Sartori foi a decisão precipitada e incondicional em favor da onda Bolsonaro. A palavra “Sartonaro” pegou mal. Soou oportunismo político, e afastou qualquer eleitor de esquerda que cogitasse votá-lo.
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Eduardo Leite foi firme, mas prudente ao anunciar apoio ao ex-capitão. Soube fazer a leitura ampla e compreendeu que Bolsonaro não é uma unanimidade no Brasil e nem no RS.
Pessoalmente, vejo os dois candidatos gaúchos bem preparados para governar. Leite tem um histórico respeitável em Pelotas e Sartori provou altivez nas dificuldades atuais do estado. Ambos não flertam com a corrupção.
Daqui para frente, a banda toca em outra frequência. Ao que tudo indica, os gaúchos esperam uma mudança de postura e maior enfrentamento às questões do desenvolvimento social e econômico.
A austeridade se impõe e limitará o futuro governador. Todavia, a população espera que ele encontre alternativas no campo do empreendedorismo e da governança compartilhada, fenômeno conceitual que avança em todo mundo.
Os arranjos produtivos regionais precisam ser considerados pelo futuro chefe do Piratini, com mais dedicação. Sartori fraquejou ao permitir que alguns de seus secretários desarticulassem projetos importantes, como o Fundoleite e a IGL, por exemplo. Só para citar dois.
Independente de quem forem os eleitos neste domingo, estou otimismo em relação ao Brasil e ao RS. E a razão para a expectativa positiva é simples: os políticos nunca mais poderão ter os mesmos comportamentos depois destas eleições.
O jogo começou a virar. O povo se deu conta que as urnas são soberanas. Pra frente Brasil!
As que perderam o “time”: reciclem-se.
Boa eleição a todos!


Novo modelo mental

Simultaneamente às viagens e busca de soluções disruptivas e inovadoras à região, o Sebrae apresentou nesta semana o Comitê de Empreendedorismo. O grupo de quase 30 voluntários estruturou um plano de ação para desenvolver os negócios e a inclusão social local.
É um movimento da sociedade, sem fins lucrativos e independente de órgãos públicos ou privados. Existem outros 20 no estado e Lajeado será o embrião no Vale a despertar a inovação empreendedora.
São ações da sociedade, numa economia e visão compartilhadas, em que grupos distintos ou integrados pensam estratégias e alternativas para cidades mais inteligentes.
O grande desafio do grupo e dos futuros voluntários que se somarem será sensibilizar os diferentes atores da sociedade para um pensamento mais orientado ao coletivo.
Para sobreviver e participar do novo ciclo de transformação em curso no mundo, os indivíduos precisam quebrar paradigmas e se abrir aos novos formatos de negócios e responsabilidades sociais. Deixar o entorno sustentável para que todos possam usufruir de um ciclo virtuoso, sem guetos.
Estamos no caminho!


Expovale será inovadora

A inovação e tecnologia estarão presentes na Expovale 2018. Empresas como STW preparam a exposição de tecnologias avançadas, inclusive, com possibilidade de termos o primeiro robô na feira lajeadense.
O espaço dedicado às cooperativas inaugura outro ciclo inovador na Expovale 2018, que reunirá 11 entidades associativas em espaço compartilhado nos dez dias.


Comitiva conhece “Vale do Silício” em Florianópolis

Uma comitiva de empresários da Acil, acompanhada do prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, e do reitor da Univates, Ney José Lazzari, visitou nessa sexta-feira o Ecossistema de Inovação Florianópolis, em Santa Catarina, conhecido como Certi.
Esta é a segunda visita a um polo tecnológico e de inovação pela comitiva lajeadense, em menos de um ano. A primeira foi ao Porto Digital, em Recife, no fim do ano passado.
Na ilha, os lajeadenses visitaram vários ambientes de inovação. O primeiro compromisso foi no Centro de Inovação Tecnológica (Certi), onde o grupo conheceu o processo de construção do ecossistema inovador que coloca Florianópolis entre as cidades mais empreendedoras do país.

Líderes políticos, empresariais e regionais integram a comitiva

Líderes políticos, empresariais e regionais integram a comitiva


O Brasil ocupa a 60ª posição no Índice de Competitividade Mundial. Isso prejudica o ambiente de negócios e inovação. Na contramão desta realidade, o estado de Santa Catarina se potencializou por meio de parcerias sólidas que aproximaram as universidades do mercado produtivo. O “abismo” entre a academia e as empresas é o primeiro fator a ser quebrado.
Os passos implicam em criar laboratórios úteis para transferir tecnologias às empresas; promover pré-incubações e incubações para que as ideias se transformem em negócios, culminando na formatação de parques de empreendedorismo e, por último, em polo e cluster tecnológico. Isso cria o ecossistema de inovação que dá início ao ecossistema virtuoso.
A forte presença do Estado com recursos e apoio para a desburocratização já estimulou mais de oito mil ideias que geraram 385 empresas, das quais 57% seguem ativas. Essas chegam a vender para 63 países.
São 1.679 soluções em venda com mais de dois mil empregos gerados e que atendem grandes e médias empresas. As 98 empresas graduadas geram hoje um faturamento de R$ 14 bilhões e 14 mil postos de trabalho.
O grande segredo é criar uma cultura empreendedora, a começar pela academia, a qual deve abrir mão do excesso de teoria para se conectar com soluções empreendedoras na prática. O grupo deixou Florianópolis convencido de que está mais do que na hora de avançar na região.


Valores será lançada no dia 13

A revista Valores, editada pelo grupo A Hora, será lançada no espaço Mundo Cooperativo, no dia 13 de novembro, às 19h30min, com a presença dos anunciantes da revista, autoridades e líderes regionais. A publicação consolida a pujança e o empreendedorismo regional, que serão levados além das fronteiras do Vale do Taquari, com distribuição de dez mil unidades para empresários locais e no RS.

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