O projeto que destinaria recursos R$ 947 mil para as secretarias municipais foi reprovado na câmara de vereadores por 5 votos a 4. Com a decisão do Legislativo, o prefeito Genésio Hofstetter alega faltarão verbas para quitar despesas básicas e alerta para a chance de alguns serviços serem prejudicados. O crédito suplementar atenderia demandas como o transporte escolar, manutenção de veículos e salários de servidores.
Para a reportagem do A Hora, o chefe do Executivo, Genésio, não quis se manifestar sobre o assunto. “Não quero criar polêmica”, finaliza.
Já os vereadores questionam o destino dos recursos referente ao valor aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias em 2017.
O presidente da câmara, Jonas Morari (PTB), questionou o governo sobre os gastos públicos. “Não recebemos nenhuma relação de gastos das secretarias. Queremos saber onde foi investido o dinheiro das suplementações aprovadas pelo Legislativo. Queremos mais transparência na relação do Executivo com a câmara”, cobra.
Tiago Weizenmann (PP) também se manifestou. Na noite encaminhou o pedido de informação referente aos gastos de todas as secretarias e pediu ao Executivo uma relação dos gastos referentes aos 15% da livre movimentação do gabinete do Executivo.
O que diz o projeto
O projeto de lei 662018 visa autorizar o governo a abrir um crédito suplementar de R$ 947 mil. Conforme a justificativa do Executivo, o montante será usado para quitar despesas de várias secretarias.
No texto, o governo adverte que o plano de orçamento anual precisa ser adaptado. “Justifica-se a utilização de arrecadação para cobertura do crédito, visto que, se mantendo a média de arrecadação até o mês de agosto, teremos no final do exercício um excesso de arrecadação acima do valor solicitado neste projeto”, finaliza o prefeito Gnésio Hofstetter na mensagem à câmara.
Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br | Gabriel Santos: gabriel@jornalahora.inf.br