Durante 12 horas desse domingo, 14, parte da avenida Benjamin Constant, em Lajeado, deu lugar aos carrinhos de rolimã. Entre os participantes do 1° Carretaço Lajeado, estava Diego Müller, 30, e o filho Cristofer, 3. Eles produziram juntos um carrinho com “design” de caminhão. “Demoramos três dias. O Cristofer ajudou a pintar”, relata Müller com orgulho.
Na opinião de Müller, a brincadeira popular das décadas de 70, 80 e 90 mexe com o imaginário das crianças e instiga novas habilidades. “É mil vezes melhor que um celular”, opina.
Organizador do evento, Paulo Roberto Schnedeir, o “Beto”, ressalta que a atividade superou as expectativas e reuniu cerca de 300 pessoas. “Ver a união de pais e filhos, pessoas com os cabelos brancos descendo com o carrinho de lomba foi mais do que imaginávamos”, comemora.
Conforme ele, antes mesmo de terminar a primeira edição, as pessoas já pediam pela próxima. Por isso, diz que o Carretaço será repetido, mas ainda sem data definida.
Amanda não teve medo de descer a ladeira ao lado do pai Sérgio Henz
Menina na direção
Com apenas 8 anos, Amanda Henz não teve medo de descer a ladeira ao lado do experiente pai Sérgio Henz, 40. “Quando era mais novo, eu descia os potreiros. Agora quis mostrar para ela saber como era a nossa infância”, conta Henz.
Eles também construíram o próprio carrinho com madeira e sucatas de motocicletas. A ideia é achar novas descidas para manter viva a brincadeira, contam.
Galeria de fotos
Resgate do passado
Vanderlei Stoll, 44, soube do evento apenas no sábado, mas conseguiu comprar um carrinho para participar com o filho Miguel, de 4 anos. “É uma oportunidade para relembrar dessa época”, relata.
De Caxias do Sul
Douglas Lemos e Patrícia Casara percorreram mais de cem quilômetros para participar do carretaço. Eles são integrantes do grupo Rolamenteiros, de Caxias do Sul, e viajam pelo estado em busca de adrenalina. “Poderia haver mais edições, pois o local é bom”, elogia Lemos. Para eles, além da aventura, é prazeroso conhecer pessoas que também compartilham o gosto pelas brincadeiras do passado.
Fábio Kuhn: fabiokuhn@jornalahora.inf.br
