Elizete Kreutz vence prêmio internacional em branding

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Elizete Kreutz vence prêmio internacional em branding

Artigo científico sobre Marcas Mutantes ficou em primeiro lugar no Festival de Design de Londres

Elizete Kreutz vence prêmio internacional em branding
Vale do Taquari

Professora dos cursos de Design e Publicidade e Propaganda da Univates, Elizete Kreutz recebeu prêmio de melhor artigo científico em um dos principais festivais de design do mundo, o London Festival Design. Com o tema “Marcas Mutantes na Sociedade Contemporânea”, o trabalho de Elizete foi o único do Brasil apresentado no evento, realizado em setembro, na Inglaterra.

A professora integrou o comitê científico da conferência, coordenou um dos grupos de trabalho e ministrou o workshop Marcas mutantes. Segundo ela, o conceito foi criado no ano 2000, durante a pesquisa de mestrado na área do design.

“Na época, os maiores e melhores autores falavam sempre que a marca deveria ser a mesma”, lembra. Ela começou a observar que algumas empresas, em especial as voltadas para o jovem como a MTV e a Mormaii, não seguiam essa regra.

“Essas observações se transformaram em um estudo, no qual surgiu o conceito”, aponta. Segundo ela, algumas mutações ocorrem por tempo determinado e outras, chamadas de poéticas, quando o responsável pela marca pode fazer mudanças livremente.

Conforme Elizete, apesar de ser uma tendência relativamente nova, já existem marcas mutantes desde a década de 1960. A característica principal dessas marcas, ressalta, é estarem diretamente atreladas às mudanças do comportamento dos consumidores.

Elizete ministrou workshop sobre marcas mutantes em conferência

Elizete ministrou workshop sobre marcas mutantes em conferência

“Apesar de mutante, ela sempre vai manter a essência que permite a identificação da marca”, relata. Segundo ela, uma marca mutante atenta para os aspectos emocionais e está em constante interação com o seu público-alvo. Cita como exemplo o Google, cuja marca muda diariamente de acordo com o país e a região onde é acessado.

As principais vantagens da marca mutante, afirma, são a fácil adaptação às novas situações do momento, o impacto que mantém a atenção do público e a sua interação, inovação, flexibilidade e dinamismo.

Além disso, ela é constituída por uma aura que deve ser compartilhada, fazer sentido, pois, mais do que ser identificada, ela deve provocar a identificação de quem a percebe”, explica, citando a marca Google como exemplo mais conhecido.

Para a professora, mesmo em uma região onde a maioria das empresas são pequenas e familiares, é possível utilizar o conceito de marcas mutantes, desde que esteja relacionado com a essência do negócio.

“Ser mutante é justamente ter esse vínculo com o público fazer com que a marca se conecte de uma maneira mais emocional”, aponta. A definição dessa estratégia, destaca, está diretamente relacionada com o contexto e o público em que a marca está inserida.

Grupos

Experiência

Participante da comitiva que integrou o evento, o diretor comercial do A Hora, Sandro Lucas, acredita que a região vive um movimento onde crescem as novas conexões.

Segundo ele, tanto no festival de design quanto na conferência de branding o tema marcas mutantes se mostrou muito atual. “As marcas buscam cada vez mais um posicionamento e envolvimento com os públicos dando motivos para que esse público interaja e gere conteúdo”, ressalta.

Para Lucas, hoje uma marca forte significa ser atuante, ter voz, posicionamento e propósito bem definido, não apenas no visual, mas nas ações. “Acho que o grupo A Hora tem feito isso e levado para o mercado soluções que estão conectadas com essa tendência por meio do estúdio de eventos e ações”, destaca.

Conforme Elizete, uma marca que deixa de ser envolvente para o seu público corre riscos.

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