Nunca se falou tanto em política

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

Nunca se falou tanto em política

População parece ter acordado: mudança real passa por governantes melhores.
Ao passo em que a política parece virada de pernas para o ar, um movimento social dá sinais de interesse e atenção ao pleito próximo. O advento das mídias sociais contribui para esse despertar social, muito embora nem tudo seja “flores”.
A descrença quase generalizada na política contrasta com os embates na internet e nas mídias sociais. Nunca se discutiu tanto sobre o assunto, ainda que as fake news predominam em algumas searas.
A menos de um mês para eleger os futuros governantes, as pesquisas também confirmam que os brancos e nulos estão em queda. Talvez a população tenha realmente acordado: para mudar alguma coisa em um país democrático, o voto é decisivo.
Pessoalmente, considero que as opções nesta eleição são melhores do que nas anteriores. Vejamos os presidenciáveis, os candidatos a governador e mesmo os concorrentes a deputado e senador.
Se comparar com a última eleição, quando tínhamos Dilma e Aécio, no segundo turno, avançamos. Pode não ser a nominata ideal, mas existem ao menos quatro ou cinco nomes gabaritados que poderiam chegar ao segundo turno e governar o Brasil. Tem gente capacidade no páreo.
Em nível de estado, excelentes nomes postulam o cargo de governador. E, em termos de representação regional ao Congresso Nacional e Assembleia Legislativa, nunca tivemos tantas opções.
Portanto, meu sentimento é de entusiasmo. Não acredito que sairemos desta eleição com muitos avanços, mas podemos estar iniciando uma fase de amadurecimento e, principalmente, de retomada do interesse da população na política. O que é algo vital.
Afinal, tudo passa pela política. Nas mãos erradas, as coisas só pioram. Por isso, parar de reclamar e votar em pessoas comprometidas com causas e propósitos coerentes pode nos permitir errar menos.
Falar de política e debater, exaustivamente, sem paixões ou extremismos, é um bom começo para mudar a política.


Mariela Portz

“O Vale próximo do futuro governador”

Mariela Portz (PSDB) quer se eleger deputada estadual para aproximar o Vale do futuro governador. Confiante na vitória de Eduardo Leite, do mesmo partido e, como integrante da executiva estadual, Mariela acredita numa ligação estreita da região com o “futuro governador”.
Mariela defende a capacidade de diálogo para construir projetos coletivos e avançar no desenvolvimento. “Precisamos unir e não dividir o estado. O Eduardo traz o diálogo, o respeito e o entendimento coletivo na sua bagagem. Hoje impera o individualismo. Por isso quero ser deputada para ajudar o Eduardo a mudar isso.”
Defender aportes na infraestrutura regional e, definitivamente, colocar o Vale no ciclo de investimentos estaduais são propostas de Mariela, que ainda quer leis mais realistas aos pequenos produtores de agroindústrias, especialmente, no aspecto ambiental e da burocracia.


Diego Pretto

“Ou a gente muda o Brasil, ou a gente se muda do Brasil”

Candidato chama a atenção para o risco do Vale com o voto distrital
Diego Pretto (PP) quer ser deputado federal para contrapor o status quo. “Eu não tenho interesse em novo emprego ou função. Sou feliz na profissão de dentista e meu salário de vereador em Encantado sempre doei às entidades. Mas estou convencido: ou a gente muda o Brasil, ou a gente se muda do Brasil. Quero fazer a minha parte.”
Pretto salienta que estamos cercados de pedágios, ilhados e sem defesa de representantes comprometidos com a região.
Preto, filho do cooperativista Irno Pretto, de Encantado, acredita no modelo coletivo. Chama a atenção para o voto distrital que será uma realidade logo adiante , “Se não tivermos deputados federais, seremos completamente órfãos.”
São 18 milhões para Obras e 18 milhões para a Saúde, todos os anos. Este ano, os atuais deputados federais tiraram essas emendas para se autofinanciar na campanha política.


Mareli Vogel

“Estado deve facilitar e não atrapalhar”

Mareli Vogel (PP) quer ser deputada estadual para aglutinar forças regionais. Defende a participação da comunidade e destaca fundamental o resgate do interesse da sociedade na política e nas decisões importantes.
“Nas minhas caminhadas, percebo que as pessoas querem estar mais integradas, querem ser ouvidas de verdade, e não ignoradas.
As nossas entidades, como Codevat, CICs e tantas outras já pautaram as prioridades regionais, mas falta apoio político para que elas possam ser implementadas.”
Infraestrutura nas estradas para escoar a produção é um gargalo e devemos ter um olhar vigilante e permanente.
Segurança pública e investimentos na educação, a qual considera transformadora para uma sociedade com mais empreendedorismo e qualidade de vida. “O associativismo já se mostrou eficiente e, como modelo justo e consolidado, devemos fortalecê-lo. E que o Estado não atrapalhe, mas seja um facilitador para ampliar a produção do agronegócio, pois a burocracia e a legislação ambiental ultrapassadas atrasam nosso progresso.”


Golpistas atingem imobiliárias

As imobiliárias da região são alvo de golpistas. Eles chegam aos estabelecimentos e se apresentam como clientes para locar imóveis. Após conhecerem os apartamentos ou casas, retornam aos locais para arrombar e furtar. O golpe já foi aplicado em mais de uma imobiliária. Uma chegou a indenizar o cliente em cerca de R$ 10 mil.
Os golpistas levam joias, dinheiro e tudo que conseguem carregar. Há poucos dias, um dos criminosos foi preso dentro de uma imobiliária. Estava com chaves e joias. Por falta de espaço no presídio, acabou solto.


No interior tem mais jornalistas

Um estudo sobre os jornalistas brasileiros mostra que mais da metade desses profissionais estão no Sudeste, no eixo Rio e São Paulo. Desses, a maioria está nas capitais, assim como se verifica no restante do país, exceto na Região Sul, onde 61,4% trabalha no interior. Diferente do resto do Brasil, o interior do Sul concentra, predominantemente, jornalistas homens (2/3), trabalhando em redações fora da capital. Em relação ao número absoluto de jornalistas no país, a Região Sul tem 16%.
A pesquisa foi da agência Apex Comunicação Estratégica, que se baseou em 26 mil jornalistas. O maior número de profissionais trabalha em jornais e rádios do interior.

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