Mais tradicional no Japão, a técnica amigurumi conquistou as mãos talentosas de artesãos de todo o mundo, incluindo o Vale do Taquari.
Mais adepta às ciências exatas, a técnica em Química Fernanda Marmitt, 32, encontrou faz dez anos sua segunda paixão, o crochê. “Aprendi o básico do crochê quando ainda estava na escola. Tínhamos aulas de técnicas domésticas e ali despertou o interesse”, conta.
Ao relembrar das experiências ao confeccionar ursos e objetos de pelúcia para vender, a jovem diz que a atividade começou por um desejo de ter bonecos de pelúcia de um desenho animado. “Não os achava em parte alguma, então, decidi que eu mesma os faria. Comecei a pesquisar sobre a técnica e o aprendizado foi tão natural que nem mesmo lembro de como aprendi”, brinca.

Fernanda costura diversos personagens em crochê
Auxílio ao bebê
A técnica ganhou o mundo após ter sido amplamente difundida na Europa. Ursinhos em formato de polvo eram dados a bebês prematuros para que sentissem mais segurança e conforto. A ideia é que os tentáculos lembrem o cordão umbilical ao serem tocados pelo bebê.
Arte e renda
A habilidade no crochê fez do hobby de Fernanda o seu complemento de renda. “Tem meses que a renda é considerável”, conta. A técnica, por permitir que se faça qualquer ursinho que o cliente pedir, ganha ainda mais adeptos ao dar liberdade tanto ao cliente quanto ao artista de criar exatamente aquilo que se quer.
Figura sempre presente em reuniões culturais como o Arte na Praça e o Arte na Escadaria, Fernanda criou em 2014 uma lojinha virtual, a Lhama que Trama. Para Fernanda, além de agradar o gosto do cliente, a prática serve como terapia. “Sempre que eu fico triste pego a agulha e os fios, depois de um tempo criando novos personagens, me sinto renovada e novamente feliz”, comemora.