Entre o elogio e a crítica

Editorial

Entre o elogio e a crítica

As reações sobre o recapeamento asfáltico da av. Benjamim Constant ajudam a explicar um pouco do comportamento da comunidade, da falta de paciência e da ausência da educação para o trânsito. Talvez muitos dos motoristas que se irritaram com a…

As reações sobre o recapeamento asfáltico da av. Benjamim Constant ajudam a explicar um pouco do comportamento da comunidade, da falta de paciência e da ausência da educação para o trânsito. Talvez muitos dos motoristas que se irritaram com a morosidade do fluxo sejam os mesmos que criticam a necessidade de tapar os buracos no asfalto daquela que é uma das vias nevrálgicas na cidade.
Obras públicas, em especial essa em questão, sempre impactam na vida das pessoas. Entre deixar como estava e ter dois ou três dias de mudança na rotina, qual é a preferência? As melhorias previstas em 800 metros da avenida são imprescindíveis. Por muitos anos foram adiadas. Inclusive em reportagem do A Hora, publicada no fim de agosto, foram contabilizados 102 buracos nessa metragem que será recapeada.
As reclamações pontuais sobre os transtornos nas ruas centrais de Lajeado devido à obra na Benjamin são um exagero. Por outro lado, cobrar uma ação mais efetiva do governo em melhorar as condições de trafegabilidade nas demais vias da cidade é um direito.
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Há muito para melhorar. Diversos acessos aos bairros estão muito precários. Além de prejuízos aos condutores, também há riscos de acidentes. Alguns buracos, como no acesso ao bairro Olarias, Centenário, por exemplo, completam semanas sem nem mesmo uma operação tapa-buraco. É preciso elogiar sobre a melhoria na Benjamin, mas criticar a demora na manutenção periódica em outros pontos da cidade.
Em termos gerais, sempre ao falar sobre trânsito é importante destacar que ele ilustra alguns problemas latentes. A pressa virou justificativa para o desrespeito. Falar sobre educação parece clichê, mas de fato é a única alternativa para melhorar a sociedade.
É preciso lembrar que há uma guerra diária nas estradas e ruas do país. Isso está muito ligado a essa perda de valores, à banalização do descumprimento às leis, à desatenção e também à precariedade das estradas e ruas gaúchas.
Entre a responsabilidade dos governos em manter vias em condições e o compromisso do indivíduo em trafegar dentro da lei, está o divisor entre acidentes e a paz no trânsito. Esse é um dever de todos.

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