Faz tempo, Lajeado fala – mas pouco faz – sobre um melhor aproveitamento da área histórica da cidade. A casa Bruno Born e adjacências padecem de uma ocupação digna, à altura da sua representatividade cultural e histórica.
Eis que a lajeadense Fernanda Thomas, formada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-RS, apresenta um projeto inovador, ousado e alentador. Born 793 Centro Cultural é a sugestão para transformar a área e os prédios degradados na beira do rio em um espaço de visitação, de estudos e de encontros. A proposta de Fernanda, detalhada no seu trabalho de conclusão de curso, contempla restauro da Casa Born e ocupação dos imóveis vizinhos para abrigar o centro cultural. Inclusive, sugere a transferência da escola infantil das proximidades.
“Esta área sempre foi frequentada pelos moradores da cidade, contudo, atualmente está abandonada, baseando-se assim a proposta de sua revitalização”, sustenta Fernanda, ao justificar a escolha do local para abrigar o espaço. “O projeto surge com a intenção de revitalizar a margem do rio, a partir do que já se encontrava nela. A escolha da Casa Born, uma das mais antigas da cidade, junto ao rio, que encontra-se abandonada e deteriorada, seria o primeiro passo para a recuperação da área”, continua a explicação.
Falar de museus e de patrimônio histórico nunca foi tão pertinente. Afinal, o Brasil deixou virar cinzas boa parte do acervo que dava sentido, valor e razão a um dos principais museus do mundo.
A Casa Born e a área do centro antigo carregam parte importante da história lajeadense. Revitalizar – dar vida nova no sentido literal da palavra – é se posicionar de frente para o Rio Taquari, outro patrimônio que não pode continuar ignorado.
Pesquisa on-line indicou a proposta
Fernanda coletou opiniões virtuais a partir da seguinte pergunta: Você gostaria que a requalificação da Casa Born e sua nova edificação anexa fossem voltadas para?
Café/restaurante: 111 votos (28%)
Espaço para exposições: 69 votos (17%)
Museu: 53 votos (13%)
Bares: 5 votos (11%)
Biblioteca: 28 votos (7%)
Cinema: 28 votos (7%)
Coworking: 25 votos (6%)
Auditório: 24 votos (6%)
Comércio/lojas: 14 votos (4%)
Apartamentos: 4 votos (1%)
Caminho do futuro
Ontem, por algumas horas, os ônibus receberam faixa exclusiva na av. Benjamim Constant. Não foi teste. Nem existe ideia de implementar. Foi apenas uma estratégia para amenizar o impacto das obras de recapeamento da via. Muito bem-feita, por sinal. Estava na hora.
(SEM LEGENDA)
Bafo na nuca da EGR
A audiência pública, marcada para hoje de manhã, a partir das 9h, no auditório das Promotorias de Justiça de Lajeado, é oportuna para a sociedade regional pressionar a EGR por obras nas rodovias. A ideia de chamar a direção da estatal foi do promotor Sérgio Diefenbach, a partir de uma reclamação apresentada pela Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT).
A insatisfação com a EGR não vem de hoje. Faz tempo, o preço pago pelos pedágios não reverte em investimentos na infraestrutura viária. Do jeito que está, não faz nenhum sentido o governo estadual insistir num modelo que se mostrou fracassado nos últimos tempos.
Neste momento, mais do que ouvir a EGR, me parece necessário ouvir os candidatos ao governo do Estado. Afinal, será que algum deles têm coragem de defender o sistema atual da EGR?
Viagra no presídio
Após princípio de rebelião, registrada no sábado, 8, a Susepe fez ontem varredura no presídio de Encantado. Entre as coisas de praxe encontradas pelos agentes da polícia, 59 pílulas de Viagra chamaram a atenção. A suspeita é de que seja tráfico de Viagra. Isso mesmo, tráfico de Viagra.
Palavra empenhada
“Não deixaremos a Júlio de Castilhos se transformar num comércio a céu aberto”: frase dita pelo prefeito Marcelo Caumo no início de 2017, durante sua primeira explanação a empresários em reunião-almoço da Acil.
Até aqui, não conseguiu tirar os ambulantes da principal rua da cidade. Pelo contrário, o número de vendedores aumenta. E a ira dos comerciantes também. Na próxima segunda-feira, 17, nova reunião sobre o assunto ocorre na prefeitura.
