Safra de verão deve gerar R$ 34,2 bilhões

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Safra de verão deve gerar R$ 34,2 bilhões

Estimativa foi apresentada pela Emater durante a Expointer. Técnicos projetam impactos positivos para a economia. Nos quatro principais grãos de verão (arroz, milho, soja e feijão), devem ser colhidas 31,5 milhões de toneladas na temporada

Safra de verão deve gerar R$ 34,2 bilhões
Vale do Taquari

A projeção para 2018/19 é de retomada na trajetória de crescimento da safra. Conforme dados apresentados pela Emater-RS esta semana durante a Expointer, em Esteio, as lavouras devem gerar, apenas nos quatro principais grãos de verão (arroz, milho, soja e feijão), 31,5 milhões de toneladas. A área plantada aumentará em 2,05% e chega a 7,72 milhões de hectares.

Segundo o diretor técnico da Emater-RS, Lino Moura, a colheita injetará R$ 34,2 bilhões na economia. Os números estão baseados em entrevistas feitas em 419 municípios produtores de cada grão. A produtividade é feita com base na média histórica dos últimos dez anos.

O destaque fica para a soja, cuja produção será 5,16% maior, alcançando 18,4 milhões de toneladas, cerca de um milhão de toneladas a mais do que no último ciclo. O cereal ocupará 5,9 milhões de hectares, expansão de 2,3%, e a produtividade será 2,79% maior, alcançando 3.132 kg/ha. “O ganho é de cerca de três sacos por hectare”, calcula.

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A ampliação da área é justificada pela queda na intenção de plantio de arroz, cuja área deve cair 1,69%, para 1,050 milhão de hectares. A produtividade será 3,37% menor, alcançando 7.954 kg/ha. A produção alcança em torno de oito milhões de toneladas, 5% a menos do que na safra anterior.

No feijão, é esperada uma redução de 9,96%, para 1.456 kg/ha. “A abertura de novos mercados faz a área crescer em 4,16% nesta safra, para cerca de 41,5 mil hectares”, comenta. A produção será de 60 mil toneladas, queda de 6,23% em relação à última temporada.

O milho, sustentado pelo preço alto, aumentará sua plantação em 5,53%, alcançando 738 mil hectares. A produtividade é estimada em 6.807 kh/ha, ganho de 5,45% em relação à última safra. A produção será de 5,024 milhões de toneladas.

Para o presidente da entidade, Iberê Orsi, o ganho de produtividade está alicerçado na orientação técnica e no uso de novas tecnologias. “A movimentação financeira terá um reflexo extraordinário em todos os setores”, finaliza.

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