“Com espírito forte, vamos mais além”

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“Com espírito forte, vamos mais além”

O ex-jogador Serginho Almeida, 42, é um vitorioso dentro e fora dos gramados. Entre as conquistas, está o título da Copa do Brasil pelo Juventude, em 1999. Hoje é treinador do sub -20 do Lajeadense e pastor evangélico, com projetos…

“Com espírito forte, vamos mais além”

O ex-jogador Serginho Almeida, 42, é um vitorioso dentro e fora dos gramados. Entre as conquistas, está o título da Copa do Brasil pelo Juventude, em 1999. Hoje é treinador do sub -20 do Lajeadense e pastor evangélico, com projetos sociais que já ajudaram dezenas de pessoas.
• Como o seu trabalho auxilia a comunidade?
São muitos projetos. Junto com a Alaf, trabalhei por quase três anos com cerca de 200 crianças nos bairros Morro 25 e Olarias. Hoje temos o projeto Eu Amo, em que percorremos a cidade à noite levando cachorro-quente e bebida quente aos menos favorecidos. Temos o brechó solidário, vendemos por preços baixos e compramos alimentos. Faz mais de quatros anos que identificamos pessoas necessitadas e distribuímos roupas e cestas básicas. Temos vários outros projetos planejados, como casa de recuperação, albergue, asilo, orfanato.
• Como jogador, de que forma a religião te ajudava?
Me ajudava muito. Conheci o evangelho na época em que fui jogar no Juventude, por meio do Lauro, do Itaqui e do Marco Antônio. Eles me adotaram quando eu estava longe da família e com poucos recursos. Sempre traziam uma palavra de conforto. Quando a gente conquistava títulos, reforçavam que era necessário manter a cabeça no lugar. Quando você está fraco, triste, a religião consola o coração. O corpo pode até estar fraco, mas com o espírito forte, você vai mais além.
• Quando você descobriu a vocação para ser pastor?
Quando percebi que as palavras que Deus colocava na minha boca consolavam o coração das pessoas. O mais gostoso é fazer isso sem nenhum tipo de lucro, mas puramente por amor. É o que eu faço até hoje. Da mesma forma que, quando passei fome no Mato Grosso do Sul, fui ajudado por alguém, a minha intenção é retribuir. O mesmo Deus que um dia me tirou da situação de comer comida do lixo é aquele que hoje pode ajudar as pessoas nas ruas de Lajeado.
• Qual é a diferença entre o jogador e o pastor Serginho?
Muito grande. O jogador Serginho era um profissional. Sempre exerci a minha função muito bem. Sempre fui chato com questão de horário, de disciplina, de dar o melhor. Agora, como pastor, não. Ser pastor é ter compreensão. É ajudar as pessoas que têm problemas com horário, com disciplina, ajudar o casamento que está acabando por falta de dinheiro ou pelo alcoolismo. É ir até à UTI, não importa o momento, e rezar pelas pessoas. É sentir a necessidade do próximo e ajudar da melhor maneira possível.

Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br

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