A escalada da violência e a consequente insegurança que assola brasileiros de ponta a ponta é um dos temas mais recorrentes no debate entre candidatos à presidência e a governador. Mas não é só isso que comprova o medo dos cidadãos na rua.
Um preocupante e desastroso aumento da aquisição de armas de fogo no país denuncia o retrocesso e mostra que o brasileiro está se armando como nunca.
Em 2004, primeiro ano após a aprovação do Estatuto do Desarmamento, foram apenas 3.055 cidadãos que registraram porte de arma, menor índice das décadas recentes. Porém os números voltaram a subir nos anos seguintes. A partir de 2008, uma escalada constante do armamento passou a ocorrer. O recorde foi em 2015, quando 36.807 novos registros foram feitos. A partir daí, o número se mantém nesse patamar.
Ou seja, diante de órgãos de segurança insuficientes e, muitas vezes, dominados pelas facções criminosas, o cidadão quer fazer “justiça” com as próprias mãos. Está na hora de o poder público dar respostas mais efetivas para combater o avanço da violência.
Cadê o Perin?
Uma das perguntas que serão feitas ao governo de Lajeado, quando encaminhar o projeto sobre o Plano Diretor à câmara de vereadores, será esta: Cadê o Perin? Ênio Perin foi contratado pelo município – anunciado com glamour – para reconstruir e redesenhar toda ocupação do solo e traçar um novo Plano Diretor para a cidade.
Vereadores sustentam que o município investiu quase R$ 200 mil na contratação desse profissional, que surpreendentemente teria “evaporado” da cidade sem dar maiores esclarecimentos, explicações, nem muito menos defender o plano que ajudou a elaborar.
Mata tudo
Que o uso desenfreado de agrotóxicos é uma das grandes ameaças ao ambiente e à espécie não restam dúvidas. O fato mais recente e polêmico em torno do assunto, em que a Monsanto, maior fabricante de agrotóxico do mundo, foi condenada a indenizar um jardineiro em U$ 289 milhões pelo aparecimento de um câncer, é lenha na fogueira do debate.
Decisão inédita da Justiça americana deu ganho de causa a Dewayne Johnson, que condiciou o aparecimento de um câncer após ser exposto ao herbicida Roundup, popularmente conhecido por mata-tudo, e um dos mais utilizados no Brasil.
Além de acalorar a discussão em torno do tema, a decisão da Justiça dos EUA abre precedentes e o número de processos contra as gigantes fabricantes de agrotóxicos deve aumentar. A empresa, adquirida recentemente pela Bayer por US$ 63 bilhões, é alvo de mais de cinco mil processos semelhantes. No Brasil, uma decisão da 7ª Vara da Justiça Federal em Brasília determinou a suspensão do registro de todos os produtos com o ingrediente até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conclua os procedimentos de reavaliação toxicológica.
Leque de opções
O número de candidatos a deputado estadual e federal pelo Vale não para de aumentar. Para o bem ou para o mal, já está em 19, sendo que novas candidaturas podem ser registradas até a meia-noite de hoje. São cinco para a Câmara Federal e outros 14 para a Assembleia Legislativa.
A título de comparação, na eleição de 2014, foram 13 candidaturas locais: três para federal e dez para estadual. Dos atuais 19, apenas cinco estiveram na corrida eleitoral há quatro anos: Enio Bacci, Mareli Vogel, Vilson Jacques, Edson Brum e Sérgio Kniphoff.
Contra mentiras
A propagação de fake news – noticias falsas – nas redes sociais durante as eleições deste ano é uma das grandes preocupações da Justiça Eleitoral. Aqui na região, o assunto recebe atenção especial.
Para o próximo dia 21 o Ministério Público, em conjunto com veículos de comunicaçao e Judiciário, organiza painel no teatro do Ceat.
Especialistas de várias áreas formam debate em torno do uso adequado das redes, do consumo de notícias e do impacto danoso das fake news para o processo eleitoral. Inscrições gratuitas já estão abertas pelo pjcivellajeado@mprs.mp.br ou 3714 2729.