A quinta caravana do Programa Ensino e Educação (PENSE), projeto idealizado pelo grupo A Hora, ocorreu na Escola Estadual de Ensino Médio Gomes Freire, em Teutônia. A iniciativa consiste em valorizar a atuação e a relevância do professor a partir de uma rede de relacionamento, palestras e inovações dentro e fora das salas de aula.
O Centro Regional de Oncologia (CRON) apoia o PENSE. Conforme o médico oncologista do CRON, Hugo Schünemann, o Centro participa do projeto por acreditar e falar sobre o futuro.
Durante as caravanas, o CRON promove diálogos com os docentes. A mediação é feita pelo oncologista Renato Cramer, que aborda cuidados necessários à saúde dos professores. “Um professor doente pode gerar uma sala de aula doente também, porque ele se afasta da escola e isso se reflete no aprendizado do aluno”, destaca.
Em Teutônia, ele apresentou o trabalho do CRON e evidenciou a necessidade de cultivar hábitos saudáveis. Segundo Cramer, o RS é o estado com mais casos de câncer de intestino, desenvolvido principalmente pela alimentação. “Muitas doenças, inclusive câncer, acontecem ao longo do tempo. A gente colhe no futuro o que plantamos no passado. O câncer surge por uma série de fatores que cultivamos”, explica.
Para desmistificar o CRON como um local para tratamento de câncer, o médico também explanou sobre exames para rastreamento genético da possibilidade de desenvolver a doença. Além disso, citou as principais enfermidades que acometem a saúde dos professores: hipertensão, obesidade, diabetes, depressão, transtorno do pânico, ansiedade, gastrite e câncer.
Os professores se demonstraram surpresos com as informações e atentaram às orientações do CRON. “Como foi importante ouvir que precisamos cuidar mais da nossa saúde”, ressalta a coordenadora pedagógica dos anos iniciais, Laura das Neves Schulte. Assim como ela, a professora de Ciências da Natureza, Luana Haas, também refletiu sobre o tema. “Essa iniciativa faz a gente pensar sobre como estamos levando a nossa saúde”, ressalta.
Cramer ainda salientou a importância do professor e a necessidade dessa profissão na sociedade. Ao final da palestra, os professores puderam esclarecer dúvidas com o médico.
Júlia Amaral: juliaamaral@jornalahora.inf.br