Ao completar 115 anos, a Harley-Davidson tenta se reinventar. Com as vendas em queda (3,6% no último trimestre), a montadora norte-americana apresentou, na segunda-feira, 30, uma nova estratégia para conquistar os clientes e buscar novos segmentos no mercado.
Entre as novidades, está o desenvolvimento de modelos de baixa cilindrada (entre 250 cc e 500 cc). Ainda sem nome, o modelo será vendido em mercados asiáticos e emergentes, por meio de uma aliança estratégica com um fabricante local. Ainda não há confirmação se a futura linha de baixa cilindrada será comercializada também no Brasil.
Outra novidade é a Pan America, a primeira Harley-Davidson aventureira da atualidade. No passado, a montadora já investiu nesse segmento, mas com um conceito diferente. Hoje essas motos são mais destinadas a longas viagens e podem, às vezes, enfrentar a terra.
Apesar de manter um tradicional motor V2 da marca, a moto mostra longas suspensões, rodas raiadas e até uma bolha na dianteira.
A Harley-Davidson também apresentou a primeira moto elétrica para ser lançada em 2019, baseada no projeto LiveWire 2014. Esse será o primeiro modelo de um portfólio amplo de veículos de duas rodas elétricos, afirmou a empresa.
Até 2022, outros modelo de menor porte serão incluídos na linha. Nas imagens divulgadas dos desenhos, estão até bicicletas elétricas, porém, ainda não há detalhes técnicos de como serão esses veículos.
Manter a tradição
Planejada para 2021, a Custom 1.250 mostra que a marca também manterá a tradição em sua nova linha. Apesar disso, o modelo também trará como novidade uma nova plataforma modular, que será utilizadas em motocicletas de 500 cc a 1.250 cc. A montadora declarou que serão quatro variações de cilindrada.
Investimentos
A nova estratégia em expandir os segmentos de ação e aceleração vãai exigir um investimento operacional de US$ 450 milhões a US$ 550 milhões até 2022. Em contrapartida, a empresa planeja que a nova estratégia vai gerar mais de US$ 1 bilhão de receita anual incremental em 2022, em comparação com 2017.
