Carlos Augusto Leotti Brys, 20, é um dos representantes do RS na Olimpíada do Conhecimento, maior competição de educação profissional da América Latina. Em setembro, ele participa da seletiva para o torneio mundial que ocorre na Rússia. Brys concorre na categoria elétrica predial e industrial.
• Que atividades você realiza nessas competições?
Tem uma parede crua, com alguns ângulos e eu tenho que montar toda uma estrutura nela. Tem que fazer medições e marcações, cortar eletroduto, canaleta, fazer furo, tudo o que precisa para instalar um sistema elétrico predial ou industrial. Eles definem o projeto e a gente precisa executar.
• Por que o treinamento em Lajeado?
É para estar em um lugar diferente, para sair da zona de conforto. Em Sapucaia do Sul, tenho uma sala onde fico montando diferentes projetos. Mas quando saio para um ambiente novo é completamente diferente. Acontecem outras coisas e tem o nervosismo com as pessoas que vêm nos observar. Isso ajuda a perceber o que pode dar errado.
• Como você chegou até a seletiva nacional da olimpíada?
Teve a etapa escolar, em abril de 2016, entre meus colegas. Fiquei em primeiro. Depois teve a etapa estadual em 2017 contra nove escolas. Fiquei em primeiro, com Lajeado em segundo. Depois houve mais uma etapa com os mesmos resultados. A próxima fase será em setembro, no Mato Grosso. O primeiro e o segundo lugar disputarão uma vaga para o mundial, que será em Kazan, na Rússia, em 2019.
• De que forma essa participação contribui para a sua formação profissional?
É um conhecimento que não terei em nenhum outro lugar, nem no curso. O treinamento para a olimpíada me ensinou 95% do que sei hoje. Enquanto no curso a gente aprende a fazer de um jeito, que dá certo, na olimpíada aprendemos a fazer mais de 30 formas e tenho que escolher meu jeito mais fácil e rápido para aplicar na prova. Além disso, é um diferencial no currículo profissional.
• O que a educação profissional pode proporcionar a outros jovens?
Lembro que até briguei com a minha mãe porque não queria ir para a escola técnica. Mas quando entrei descobri um mundo novo. Conheci muita gente, os professores são amigos e somos uma grande família. Fico mais tempo no Senai do que na minha casa. É uma oportunidade para o futuro de muitos jovens.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br
