Crítica, arte e rock  nos clássicos dos Titãs

Lajeado

Crítica, arte e rock nos clássicos dos Titãs

Espetáculo Cabeça ocorre hoje, a partir das 20h, no teatro do Sesc

Crítica, arte e rock  nos clássicos dos Titãs
Lajeado

Na década de 1980, o Brasil viveu uma época embalada pelo rock de bandas nacionais como os Titãs. Quem ouviu o álbum Cabeça Dinossauro, conhecido pelas músicas carregadas de críticas sociais, viu nascer um legado que chegou ao teatro com o espetáculo Cabeça – Um documentário cênico exibido hoje, a partir das 20h, no Teatro do Sesc.

Em um caminho trilhado entre o ano de lançamento do disco, 1986, e os dias atuais, o espetáculo procura dialogar com os 30 anos do álbum e com as histórias singulares dos oito personagens.

Em meio à interpretação baseada no teatro documentário, o diretor Felipe Vidal conta que a peça pertence à Trilogia Paramusical e que é a segunda esquete montada pelo Coletivo Teatral Complexo Duplo com esse gênero.

“Os espetáculos da trilogia têm músicas ao vivo executadas pelos atores, mas que não seguem necessariamente os protocolos dos musicais”, conta. Além das canções, Cabeça procura dialogar com assuntos contemporâneos do mundo histórico por meio de uma perspectiva crítica carregada na encenação.

Da simbologia aos Titãs às críticas ao mundo, o espetáculo já realizou seis temporadas no Rio de Janeiro, e algumas expedições pelo interior do estado. Também passou por Brasília, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador e Porto Alegre. Foi assistido por mais de 15 mil pessoas em cerca de 90 sessões que renderam à peça o 29º Prêmio Shell Rio de Janeiro e o 6º Prêmio Questão de Crítica.

Por trás dos palcos

A peça foi idealizada por um grupo teatral que busca elementos da história para confraternizar com o momento em que vivemos por meio da arte. Criado em 2010 no Rio de Janeiro, o Coletivo Teatral Complexo Duplo se consolidou depois da ocupação do Teatro Gláucio Gill alguns anos mais tarde.

“Nosso foco principal está na dramaturgia contemporânea”, conta Vidal, que faz parte do Coletivo. Além dele, Felipe Antello, Guilherme Miranda, Gui Stutz, Leonardo Corajo, Lucas Gouvêa, Luciano Moreira e Sergio Medeiros também protagonizam a peça.

Entre encenações e criações teatrais, Vidal procura colocar a música em seu trabalho sempre que pode. “Minha relação com o teatro vem desde o final da minha adolescência, e antes disso vem o meu apreço pela música, por isso, uma é muito vinculada com a outra”, conta.

Além de ator e diretor, o dramaturgo escreve peças e trilhas sonoras que podem ser ouvidas em salas de cinema, em palcos do teatro e no cenário televisivo, sempre procurando transitar entre o mundo musical, a crítica e o documentário artístico.

Ingressos à venda no Sesc Lajeado (rua Silva Jardim, 135)

* R$ 15 – Comércio e Serviços e dependentes do Cartão Sesc/Senac

* R$ 18 – Empresários e dependentes do Cartão Sesc/Senac

* R$ 15 – Meia-entrada (estudante e idoso)

* R$ 30 – Demais interessados

Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br

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