Após a safra, com a chegada dos meses de frio, as plantas entram no período de dormência, considerado ideal para fazer a poda, que consiste na supressão total ou encurtamento de ramos.
Conforme o assistente técnico regional de Sistema de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar, Derli Bonine, é fundamental conhecer o hábito de frutificação de cada espécie.
Algumas frutificam no ramo do ano, ou seja, nas brotações novas, como a figueira e a videira.
Outras frutificam nos ramos de anos, ou seja, formados no período de frutificação anterior, como o pessegueiro.
Para saber como é o hábito de cada espécie, é preciso observar de onde saem as flores e as folhas. Na videira, figueira e caquizeiro, primeiro são formadas as brotações com folhas nos ramos novos. No pessegueiro e na ameixeira, primeiro aparecem as flores nos ramos já formados, e posteriormente surgem as folhas e brotações novas. “A poda deve ser feita antes da brotação. Aqui o ideal é fazer em junho e julho, pois em agosto elas brotam”, ensina.
Doenças
Ao fazer a poda, é importante desinfectar ferramentas como tesouras e serrotes para evitar a proliferação de fungos, vírus e bactérias no pomar. O recomendado é usar álcool ou amônia quaternária.
De acordo com Bonine, a poda ajuda a manter a produtividade, pois equilibra a parte vegetativa da planta com a produção. “Quando bem-feita, temos produções regulares, com frutas de boa qualidade, tamanho adequado, suculentas e intensa coloração”, finaliza.
Sanidade
Ademir Zenatti, de Progresso, anualmente faz o processo. “Eliminar os ramos antigos ajuda a dar mais vigor e força às plantas. Temos frutas com maior calibre, sadias e de ótima qualidade”, afirma.