As sinaleiras e calçadas em alguns pontos da cidade de Lajeado registram transtornos e cenas deploráveis. Artistas de rua, ambulantes e pedintes invadem espaços nos semáforos, nos canteiros centrais e em frente ao comércio, sem a mínima preocupação ou responsabilidade. Muitas vezes, crianças acompanham os adultos e ficam expostas ao perigo no meio da rua ou calçada, como mostra a imagem do dia 14 de junho, na avenida Alberto Pasqualini. Dois adultos se intercalam na frente da sinaleira, enquanto consomem cervejas entre uma folga e outra. A criança abandona o carrinho e perambula pelo canteiro central.
Situações semelhantes se repetem. Até o Conselho Tutelar já foi invocado e, em alguns casos, os agentes sofreram agressões e insultos dos que abusam da prática na cidade.
O número de casos se multiplica dia após dia, sem o governo municipal tomar uma atitude mais concreta acerca do problema.
Comerciantes comentam o comportamento de grande parte dos pedintes e testemunham que as moedas recebidas, realmente, nem sempre são para algo necessário. “Muitos vêm aqui ou ao lado comprar cerveja. Outro dia cheguei na loja e fiz uma faxina de tanta latinha e sujeira que espalham. Isso espanta todo mundo”, se queixa um comerciante que não quer ser identificado, por medo de represálias.
Outro comerciante conta que foi insultado na frente de clientes ao cobrar menos sujeira e arruaça. E por aí vai…
Em várias cidades do Brasil, legisladores aprovaram leis que proíbem essa prática nas sinaleiras, ruas e calçadas. A razão é simples: insegurança física dos indivíduos no meio da estrada e, no caso da venda de comida, descontrole da origem dos produtos, sem falar da concorrência desleal.
O papo aqui precisa ser reto, sem rodeios. Manter a segurança e a ordem na cidade é papel do governo municipal. Ele precisa viabilizar as vias públicas para o motorista e aqueles que transitam.
Com relação aos pedintes, o município deve atuar no acolhimento através do Serviço Social e, assim, oferecer qualificações. Aos ambulantes, cabe a possibilidade de buscar regularização, assim como aos artistas, buscar um local mais apropriado para se apresentar, não no meio da rua.
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Nas cidades onde as leis já existem, guardas municipais, agentes de trânsito e fiscais do comércio fiscalizam e multam. Um prazo de tolerância costuma permitir ajustes, mas depois as infrações são aplicadas.
As multas chegam a R$ 1 mil por reincidência, seja para para pedintes, artistas ou ambulantes. Quem não tem dinheiro paga com serviços comunitários.
Em alguns casos, a proibição vai desde apresentações artísticas, culturais e afins até comercialização de qualquer mercadoria e produto, sem autorização da prefeitura. Serviço como limpeza de vidros nos veículos ou outra atividade que prejudique a segurança no trânsito, como panfletagem sem cunho educacional e esmolas, é coibido.
Se o município não agir com rigor e nenhuma lei for implementada em Lajeado, o caos crescerá. Espero algum vereador ou o próprio Executivo tomar consciência desse desordenamento crescente, inclusive, já perceptível em algumas cidades vizinhas.
Aos motoristas, cabe a consciência de que dar dinheiro para pedinte, artista no meio da rua, ou comprar de ambulante, não contribui para tirar essa pessoa da condição insalubre, insegura e inadequada a que está exposta. Se existe o problema, é por que tem gente incentivando. Esse é um erro maior.
Aposta na gestão compartilhada
O STR Lajeado vive uma fase de renovação. A saída do executivo Elton Fischer fez o presidente Lauro Baum apostar na gestão compartilhada com a “prata da casa”. As mudanças em implementação focam na melhoria das atuais lojas. Depois da imposição legal para abrir novos CNPJs, o STR quer concentrar esforços nas lojas existentes. E, ao que tudo indica, o foco implicará em resultados mais sustentáveis e permitirá ao STR um ciclo de modernização.
Novo conceito ganha forma
A nova loja do Imec no bairro Montanha, em Lajeado, abre as portas no dia 2 de agosto, às 8h. Com amplo espaço para estacionamento, o local surge como alternativa para evitar o movimento na região central da cidade.
O acesso facilitado pela RS-130 e por dentro dos bairros é a aposta do Grupo Imec que apresentará um conceito premium de loja. A estrutura do prédio foi customizada para privilegiar as tendências de consumo, onde os perecíveis ganham espaço e diversidade.
A loja do Montanha não encerra o ciclo de investimentos do grupo. Para o São Cristóvão, está projetado um investimento singular em breve. O Imec quer, definitivamente, preencher a lacuna de consumo mais exigente, com produtos e espaços mais exclusivos.
Lajeado sede do cooperativismo
A Expovale 2018 ganhará notoriedade entre o cooperativismo brasileiro. Uma articulação com a Ocergs e mais de uma dezena de cooperativas dos Vales reunirá todas em um único espaço durante a feira, em novembro.
Nessa sexta-feira, mais uma reunião das empresas, Ocergs e diretoria da Expovale ajustou detalhes. Até o dia 18, será definido quem participa e, no dia 1º de agosto, data da próxima reunião, serão apresentadas as atividades a serem desenvolvidas durante o evento.
Em torno de 50% da população pertence hoje a alguma cooperativa na região. O movimento na Expovale simboliza não apenas o reforço ao cooperativismo regional, mas abre caminhos para ações coletivas enquanto região. Muito bom isso!