A administradora Letícia Fátima Bratti, 30, é a fundadora do Rotaract em Encantado. O grupo é responsável pelo tradicional bingo beneficente do município, entre outras atividades. Recentemente, o empenho em ajudar o próximo lhe rendeu o Prêmio Bill Baumgardner, a maior honraria da entidade.
• Como o voluntariado entrou na sua vida?
Pelo exemplo de meus pais. Foram presidentes da comunidade onde residíamos e lembro do quanto se dedicavam e buscavam fazer o melhor. Minha mãe, como agente de saúde, estava sempre envolvida em projetos comunitários. Sempre fui proativa nas atividades que tínhamos na escola e amava surpreender as pessoas. Pensar como posso alegrar o dia de alguém faz parte da minha essência. Tenho como crenças fazer o bem sem olhar a quem e realizar tudo com amor. Pois tudo o que você fizer voltará para você de forma mais intensa.
• O que mudou quando você se tornou voluntária?
Aprendi a ver o mundo através de uma nova perspectiva. Todos somos responsáveis pela sociedade idealizada na qual queremos viver. Acredito que o voluntariado é uma forma de contribuição para essa construção. Se cada um de nós fizer um pouquinho, nossa evolução como seres humanos acontecerá de forma mais rápida e, consequentemente, colheremos os frutos desse florescimento.
• Qual foi a ação mais marcante?
Cada ação tem um sabor especial e diferente. Para mim, elas não são comparáveis. Todas geraram experiências que ampliaram minha percepção e me tornaram uma pessoa diferente. Apenas agradeço por ter a oportunidade de realizá-las, de poder conviver com pessoas que considero e admiro muito e que me impulsionam a continuar me desenvolvendo.
• O trabalho voluntário interferiu na carreira profissional?
Interferiu diretamente na formação da minha personalidade e caráter, e isso é para vida. Interfere não apenas no profissional, mas em todas as áreas. Tenho certeza que a maior beneficiada em participar desses programas fui eu, pois ganhei muito amigos, conhecimento, experiências, momentos de alegria e desafios que nos proporcionaram crescer como pessoas e assim nos tornamos melhores para a sociedade na qual vivemos.
• O que a conquista do Prêmio Bill Baumgardner representa para você?
Missão cumprida, isso que ele representa para mim. Encerro minha trajetória na entidade no próximo ano com o sentimento de ter desempenhado um trabalho que realmente surtiu efeito e impactou positivamente as pessoas com quem convivemos.
Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br