Foi lançada ontem, 13, a 20ª Grande Gincana da Escola Estadual Presidente Castelo Branco. A competição dura mais de dois meses e conta com a participação de cerca de 800 estudantes, professores, pais e ex-alunos. Realizado desde 1998, o evento envolve toda a comunidade escolar e se consolida como tradição no município.
Organizada por uma comissão de 15 alunos e quatro professores, a gincana é liderada pelo grêmio estudantil, com apoio da direção da escola e todo o corpo docente. A programação principal está prevista para os dias 8, 9 e 10 de agosto, mas as primeiras tarefas iniciam a partir de amanhã. Hoje, serão divulgados os integrantes das quatro equipes, definidos por sorteio.
O tema deste ano é: “A invocação: isso não é real, é apenas um jogo”. A proposta é remeter a aspectos sobrenaturais, como bruxaria, feitiçaria, ocultismo e outros assuntos macabros, que mexem com a imaginação dos jovens, explica o presidente do grêmio, Eduardo Missio, 17.
“Queremos trabalhar todas as áreas do conhecimento, sem perder a parte animada e recreativa de uma gincana”, destaca Missio.
O objetivo é resgatar a importância que a gincana tinha no passado, quando mobilizava a população de Lajeado, para além da comunidade escolar, revela. Atividades externas, como no Parque dos Dick e outros pontos turísticos, estão programadas para gerar mais visibilidade ao evento e evidenciar a importância da maior escola do município.
Segundo Stefany Zimmer, 17, também do grêmio estudantil, o objetivo é demonstrar para a comunidade o sentimento de união e orgulho que os alunos têm em relação à instituição. “Só quem está aqui dentro sabe o quão bom é estudar no Castelinho. A gincana é uma ótima oportunidade de mostrar isso às pessoas”, comenta.
Importância pedagógica
Para a diretora Evenise da Costa Pires, a competição faz parte da história da instituição e tem grande relevância por proporcionar a integração, não apenas entre os estudantes, mas entre as diversas gerações que passaram pela escola. Com provas de caráter cultural e histórico, os desafios instigam os alunos a desenvolverem raciocínio lógico, trabalho coletivo, criatividade e iniciativa.
“A gincana também tem importância pedagógica”, afirma a diretora. Além de serem estimulados à competitividade saudável, os participantes precisam demonstrar conhecimentos científicos nas provas, que são revisadas pelos professores de diferentes disciplinas. A responsabilidade social também é explorada, com tarefas relativas a doações e reciclagem de lixo.
Os 979 estudantes da instituição são incentivados a integrar as equipes. Cada time poderá contar com a participação de até três ex-alunos, além de pais e professores.
Entre os integrantes da comissão organizadora, está o professor de Química Mariano Rodrigues. Segundo ele, o corpo docente considera a gincana como mais uma experiência de estudo. Além de atividades recreativas, envolve pesquisa, conhecimento e integração. “Um aluno integrado a seu ambiente escolar desenvolve melhor o processo de aprendizagem”, salienta.
Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br
