Nos próximos meses, o sol assume uma função extra na Cooperativa Agroindustrial São Jacó (Cooperagri), de Teutônia. Com 408 painéis instalados em Linha São Jacó, numa área de 850 metros quadrados, a entidade espera se tornar autossustentável no consumo de energia elétrica. A intenção é reduzir os custos com eletricidade. Hoje a conta de luz soma R$ 15 mil por mês.
Segundo o presidente Aloísio Mallmann, com a nova opção, o valor será reduzido para R$ 3 mil. “Será uma fonte limpa e sustentável, sem poluir o ambiente. Vamos produzir 130,56 mil quilowatts hora por mês”, adianta.
Cerca de 90% da demanda energética da entidade – que conta com cerca de 380 associados – será suprida com o uso da energia fotovoltaica. A meta é incentivar a adoção do modelo pelos sócios. “Temos um produtor que instalou o sistema. A conta dele baixou de R$ 1,3 mil para apenas R$ 70 por mês”, exemplifica.
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Com o financiamento via Feaper, 80% do valor de R$ 500 mil ficará a fundo perdido, e 20% do total poderá ser pago em até cinco anos, sem juros e correção monetária. “Em um ano e dez meses, vamos quitar o investimento”, calcula Mallmann.
A inauguração ocorre no dia 15, a partir das 13h30min, com a presença do governador José Ivo Sartori. Na ocasião, haverá tarde de campo para tratar sobre o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar (PGSAF), a produção de energia solar fotovoltaica, a armazenagem de grãos, silos, manejo de solos, além do Balcão de Negócios da cooperativa.
A Cooperagri foi fundada em 1988 por 24 agricultores. Atua na área de insumos, armazenagem e beneficiamento de grãos (milho e soja), além de orientação técnica. Está presente em 35 municípios do estado.
Pioneirismo
O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, celebra o fato de essa ser a primeira usina de energia fotovoltaica instalada no Vale do Taquari.
Destaca que o sistema possibilita a produção de energia para qualquer atividade, como irrigação, secagem e armazenagem de grãos, estufas, criação intensiva de animais e agroindústrias, entre outras. “Tudo isso sem impactar o meio ambiente, com diminuição de custos de produção e melhoria do planejamento e da gestão da propriedade para os agricultores”, observa.
Reforça ainda o fato de os equipamentos não dependerem de rede de energia elétrica para funcionar, o que permite a instalação em lugares sem acesso à eletrificação.