Tecnologia e inteligência contra a criminalidade

Vale do Taquari

Tecnologia e inteligência contra a criminalidade

Centro de monitoramento regional será construído na sede da BM em Lajeado

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O projeto para a construção de um centro regional para comando e controle das câmeras de segurança da região foi apresentado ontem, no gabinete do prefeito de Lajeado e presidente da Amvat, Marcelo Caumo.

O espaço será instalado na sede do 22º BPM, em Lajeado, e a central será operacionalizada por policiais militares. A estrutura física será construída por meio de parcerias, com recursos do Ministério Público e da comunidade.

O local receberá imagens de câmeras dos municípios da região integrados na rede SIM do governo do Estado. Também será ligado à central estadual, em Porto Alegre, fornecendo e recebendo informações em tempo real de todo o RS.

“Quanto maior o número de municípios que integrarem o sistema de cercamento eletrônico integrado ao SIM, maior será a eficácia”, aponta Caumo. Segundo ele, a tecnologia e a inteligência artificial são uma saída para a falta de efetivo nas forças policiais.

A previsão é inaugurar o centro ainda este ano. Conforme Caumo, as custos de operação e implantação do sistema com 14 câmeras deve ficar entre R$ 40 mil e R$ 50 mil por mês e a contratação será por meio de licitação.

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Prevenção e investigação

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Paulo Roberto Locatelli, a ideia é reunir a central de imagens de todas as cidades, inclusive as menores, para permitir uma atuação de pronta-resposta por meio do comando regional da BM.

Cita como exemplo os ataques a bancos e estabelecimentos comerciais nas pequenas cidades do interior, ocorrências que saem do âmbito municipal e se tornam regionais. “O carro roubado em cidades que fizeram o cercamento eletrônico terá a placa informada aos órgãos policiais, à BM para fazer abordagem e à Polícia Civil para a investigação.”

Em ocorrências maiores, as imagens serão espelhadas na central estadual em Porto Alegre, de forma a agilizar o emprego de equipamentos como helicóptero e reforços. As imagens também ajudam na constituição de provas para os inquéritos policiais e do Ministério Público.

Caumo ressalta que o sistema consegue cotejar informações e receber gravações de câmeras que não estão ligadas ao centro integrado, mas que podem ser incluídas na apuração dos crimes e anexadas aos inquéritos.

Desafio e pioneirismo

Comandante do CRPO Vale do Taquari, o coronel Ricardo Alex Hoffmann ressaltou o desafio de dar eficácia ao sistema de cercamento eletrônico. Segundo ele, em visita a municípios como Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Santa Cruz do Sul, Erechim e Passo Fundo, percebeu-se que nenhum deles opera de forma adequada.

“Podemos ser pioneiros se na nossa região o sistema funcionar”, aponta. Cita como exemplo Marau, cidade com menos de 30 mil habitantes e 120 câmeras, onde os índices criminais reduziram a partir da implementação do SIM.

“Fica muito fácil para o MP constituir a materialidade dos crimes, e a pessoa não reincide porque sabe que será flagrada”, destaca. Em Erechim, aponta, foram cadastradas pessoas que podem filmar imagens por meio do celular e enviar para a central.

“São muitos projetos e ideias que podem ser colocados em prática. Para chegar em algum lugar, precisamos começar”, afirma.

Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br

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