Único caminho

Editorial

Único caminho

Na enxurrada de informações desta época de imersão tecnológica, ter discernimento representa não ser usado como massa de manobra. A lição fica cada dia mais evidente: o conhecimento é antídoto contra as notícias falsas. Neste contexto, o valor da educação…

Na enxurrada de informações desta época de imersão tecnológica, ter discernimento representa não ser usado como massa de manobra. A lição fica cada dia mais evidente: o conhecimento é antídoto contra as notícias falsas.
Neste contexto, o valor da educação sobrepõe qualquer bem material. A grande herança que qualquer pai e mãe podem deixar para os filhos está nesse ensinamento. Nada fica acima da educação. Essa base divide o sucesso do fracasso, o respeito da ignorância e o envolvimento da indiferença.
Por entender a importância da educação, o A Hora idealizou o Programa Ensino e Educação (PENSE). Com o apoio da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Univates, Sicoob, Instituto Dale Carnegie e Centro Regional de Oncologia (Cron), a iniciativa busca promover a reflexão comunitária sobre a importância do professor. Valorizar o profissional de ensino é garantir uma sociedade cada vez melhor.
Na edição de sábado, A Hora publica a primeira edição do Caderno PENSE. No especial, constam as primeiras duas caravanas em escolas da região, na Vidal de Negreiros, em Estrela, e no Colégio Evangélico Alberto Torres, em Lajeado. Na ocasião, os participantes do programa fizeram uma série de dinâmicas com alunos e educadores. Na reportagem especial, surge a provocação: o que seria do mundo sem professores?
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Uma pergunta retórica. A população é unânime em reconhecer a importância desse profissional. Apesar disso, o interesse dos jovens em seguir a docência está em queda. Os motivos são de conhecimento público. Baixos salários, falta de estrutura nas escolas e carga horária elevada.
Como resultado, apenas 2% dos alunos do Ensino Médio têm interesse em cursar alguma licenciatura para entrar na carreira de professor, como mostra estudo do Ministério da Educação.
Reverter esse quadro é possível. Para tanto, é necessário envolvimento da sociedade organizada. Quando movimentos sociais de diversas esferas se apropriam da educação, o efeito recai sobre o poder público. A cobrança, a pressão e a vigilância constante têm o poder de indicar a educação como prioridade na prática, não só no discurso. Esse é o único caminho.

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