Os mais de 20 mil trabalhadores parados por uma semana voltam as atividades nas indústrias da região. O prejuízo na agropecuária, segundo o Codevat, passou de R$ 500 milhões, e na indústria, de R$ 400 milhões.
Nessa sexta-feira, 1º, cerca de 1,6 mil de um total de 2,9 mil trabalhadores da Cooperativa Languiru voltaram aos frigoríficos de aves, em Westfália, e suínos, em Poço das Antas. Para compensar os dias perdidos, a direção da cooperativa determinou expediente extra neste sábado. A partir desta segunda-feira, todas as unidades devem voltar ao norma.
Os mais de 2 mil funcionários das empresas Calçados Beira-Rio (1280), de Teutônia, Girando Sol (315), de Arroio do Meio, e Florestal Alimentos (450), de Lajeado, retornam nesta segunda-feira.
Os cerca de 240 colaboradores da Bremil tiveram o expediente suspenso durante esta semana e retomam os trabalhos neste domingo. A Latvida, de Estrela, dispensou cerca de 40% do quadro nesta semana. Nessa quinta, o expediente foi normalizado.
Gerenciamento de crise
A Dália, de Encantado, instaurou comitê de gerenciamento de cris. A cooperativa ficou sem realizar abates e a industrialização de produtos suínos por treze dias. Cerca de 1,2 mil colaboradores desse setor foram dispensados.
Nessa sexta-feira, funcionários do setor de expedição voltaram ao trabalho para o envio de produtos, como carnes suínas e elaborados. Os demais empregados devem retornar nesta segunda-feira. De acordo com o presidente da Dália, Gilberto Piccinini, o movimento dos caminhoneiros iniciou de forma legítima. Contudo, o movimento perdeu o foco inicial e passou a afetar drasticamente a sociedade e a economia do país.
Volta ao trabalho
A sexta-feira também foi de volta ao trabalho para cerca de 2,1 mil dos 2,6 mil funcionários da Minuano. O abatedouro de Lajeado e a fábrica de embutidos de Arroio do Meio estavam sem operar desde 24 de maio. Neste fim de semana, também haverá expediente para produção extra.
Forçado a parar devido às consequências da greve, o funcionário Vanderlei dos Santos Bastos considera “estressante” o período que precisou permanecer em casa. Com a rotina alterada, ficou com receio de como seria o retorno. “Por um lado, sabemos que a greve tem seus motivos. Por outro, bate uma insegurança, pois esses dias parados causaram prejuízos à empresa”, comenta.
Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br
