“Ser professor é uma combinação de amores”

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“Ser professor é uma combinação de amores”

No Brasil desde 2015, o italiano Biagio Mauriello, 40, dá aulas de inglês e italiano em Lajeado. Natural da cidade de Napoli, o professor deseja aprender ainda mais línguas. • Por que você decidiu ser professor e como um deles…

“Ser professor é uma combinação de amores”

No Brasil desde 2015, o italiano Biagio Mauriello, 40, dá aulas de inglês e italiano em Lajeado. Natural da cidade de Napoli, o professor deseja aprender ainda mais línguas.
• Por que você decidiu ser professor e como um deles te ajudou com a timidez?
Ser professor é uma combinação de amores. Quis combinar o meu amor pelas diferentes linguagens com o amor pelas pessoas. Quando jovem, eu era muito tímido e mal conseguia olhar para as pessoas enquanto conversava. Quem me conhece hoje sequer consegue imaginar que já fui assim. Essa minha insegurança foi vencida quando comecei a fazer aulas de canto. Minha professora sabia do potencial que eu tinha, mas a vergonha acabava não deixando toda a minha voz sair. Ela me ensinou a focar nas coisas que eu realmente quero e amo, não dando tanto espaço aos erros e à insegurança. Agora uso esse ensinamento no dia a dia. Dentro da sala de aula, utilizo para uma boa comunicação e nos palcos para melhorar a performance nas apresentações da banda que participo, a Neverenough.
• Quantas línguas já aprendeu e qual a importância delas na sua vida?
Pra mim, aprender uma língua é um hobby, é um prazer. Então falo inglês, italiano, português e napolitano, falado no sul da Itália e reconhecido como língua em 1998. Mais do que um prazer, aprender diferentes línguas é uma boa maneira de prevenir doenças como o Alzheimer.
• Tem interesse de aprender outras línguas?
Com toda a certeza. Gostaria de aprender alemão, bem como melhorar o meu espanhol e aperfeiçoar o português. Também estudei durante oito anos a língua francesa na escola.
• Com a sua filha prestes a nascer, qual será a primeira língua que ela vai aprender? Por quê?
Em casa, vai ser inglês, porque eu e minha esposa falamos inglês quando estamos juntos e somos professores da língua. Já, quando eu estiver sozinho com ela, com certeza, será italiano. Mais tarde, na escola, ela entrará em contato com o português. Mesmo com a língua materna do Brasil, a Cora ainda terá de falar italiano com os parentes na Itália.

Victória Lieberknecht: victoria@jornalahora.inf.br

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