A família de Barthô se vestiu com camisetas dos personagens de Os Simpsons para participar da 4ª Cãominhada na manhã de domingo. A ação ocorreu no Parque Professor Theobaldo Dick e reuniu cerca de 250 tutores e cem animais.
Entre cães de diversas raças, tamanhos e cores, o tímido vira-lata Barthô era mimado pela tutora, Fernanda Neitzke, 21. A história deles começou faz um ano e meio, quando ela e a mãe adotaram o cãozinho que morava em um lar temporário do grupo Amor Animal.
O cão Chico também participou do evento, levado por Ane Lis Schardong, 35, com uma plaquinha presa ao pescoço com a frase “Me adote?”. A psicóloga conta que esta foi a terceira vez que participa da Cãominhada, mas que ajuda as meninas do Amor Animal com lar temporário e com doações já faz um tempo.
“A Diana apareceu na loja do meu pai, entrou e se deitou”, contou a biomédica Georgia Murcillo Desxheimer, 27. A vira-lata Diana foi tirada das ruas e acolhida pela vizinha da família de Georgia até que achassem um lar para ela.
Com a cachorrinha presa à coleira, é a primeira vez que Georgia participa da Cãominhada, também para contar a história de Diana e tentar encontrar uma nova família que possa adotá-la. Mas, segundo a biomédica, sempre que as meninas do Amor Animal precisam, ela ajuda com caronas, doações e com lar temporário.
Amor pela causa
Maio é marcado pela Cãominhada desde 2015, quando a primeira edição do evento tomou as ruas de Lajeado.
Segundo a arquiteta e voluntária do projeto, Karla Luize Piloneto, 31, o objetivo da ação é trazer a comunidade para perto da causa animal e para a adoção dos cães resgatados. “A gente traz tutores para o parque para uma manhã de conscientização que faz com que eles sejam responsáveis, cuidam bem dos animais e sirvam de exemplo para a comunidade”, afirmou.
Para Karla, o sentimento é de orgulho e gratidão em fazer parte do Amor Animal. “É gratificante ver um animal que antes sofria, que agora está bem, dentro de casa, sendo bem tratado e alimentado”, afirmou. Ela acredita que eles sejam muito gratos quando recebem um lar: “A gente percebe na forma como eles nos olham e nos tratam.”
Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br