O militar da reserva, Francisco José da Silva, deixou a aposentadoria faz 12 anos para trabalhar na sede do Ministério Público de Lajeado. Conhecido pela simpatia e pelo bom humor, também é voluntário no Lajeadense. Participa ainda do cursilho da paróquia do bairro São Cristóvão.
• Como é o trabalho no MP?
Estou faz 39 anos na BM e consegui conviver com as pessoas e passar as coisas boas. Eu cumprimento todo mundo com muita educação. Sei que as pessoas chegam aqui nervosas, mas abro a porta dizendo bom-dia, perguntando o que posso ajudar. Quando elogio o cabelo de alguma senhora, vejo que ela fica emocionada porque tem um policial que atende bem as pessoas. Sou muito feliz por atender todas as pessoas com os braços abertos. Sempre consegui acalmar todos que passaram por aqui.
• Qual sua história na BM?
Entrei no dia 6 de março de 1979, no 5º Batalhão de Montenegro. Trabalhei em Lajeado, em Arroio do Meio e em 1993 fui para Sério. Fiquei 14 anos no comando daquela cidade e fizemos um serviço reconhecido. Me aposentei em 2003 e, como era muito novo, decidi voltar a trabalhar logo depois. Foi quando comecei no Ministério Público.
• Por que a decisão de voltar ao trabalho?
Me aposentei cedo, porque comecei a trabalhar muito novo. Assinei a carteira com 13 anos, na antiga padaria Mil Folhas. Com 30 anos fechei meu tempo de serviço e me aposentei. Naquela época, eu disse para o coronel que não gostaria de parar de trabalhar. Ele me aconselhou que me aposentasse e fosse trabalhar como CVMI (Corpo Voluntário de Militar Inativo). Estou com 59 anos e muito feliz de estar trabalhando.
• Como é a sua dedicação ao trabalho voluntário no Lajeadense?
Fui convidado pelo promotor Neidemar Fachinetto, que faz parte da diretoria do clube. No início, eu iria auxiliar apenas no estacionamento dos carros e outras coisas menores, mas fui convidado para assumir a cobrança do aniversário do clube.
Também cobro ingresso da torcida adversária. Inclusive nesses últimos jogos decisivos. Participo também do cursilho no São Cristóvão e estou sempre disponível para ajudar. Integrar o cursilho é algo que só me traz coisas boas porque estamos sempre conversando. Realizamos encontros semanais para trocar ideias e isso faz muito bem para todos.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br