A novela chega ao fim. Ocorre na manhã desta sexta-feira, no Posto do Laguinho, às margens da BR-386, a cerimônia oficial de liberação da duplicação de 33 quilômetros da principal rodovia da região, entre os municípios de Estrela e Tabaí.
De acordo com convites enviados pelo governo federal para diversas autoridades do estado e região, a solenidade será a partir das 10h30min, com participação do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro. Logo após, o tráfego deverá ser liberado entre Estrela e Bom Retiro do Sul, último trecho ainda em obras.
Mesmo após a liberação, indica o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ainda serão realizados alguns trabalhos de manutenção e finalização de detalhes referentes ao empreendimento. Entre esses, parte da sinalização viária, problema verificado também em pontos já liberados da duplicação.
Faltavam apenas esses 2,3 quilômetros para finalizar o empreendimento iniciado em novembro de 2010. O trecho entre Bom Retiro do Sul e Estrela fica nas proximidades da aldeia indígena caingangue. Nas últimas semanas, dezenas de máquinas e funcionários atuam no local.
Entre as principais obras restantes está o novo acesso principal ao município de Bom Retiro do Sul, e também o trecho que cruza sobre a antiga área da aldeia caingangue. Lá, além da construção de centros de atividades e até uma escola indígena, o Dnit também custeou a construção de uma nova aldeia, com mais de duas dezenas de casas de alvenaria.
Quase oito anos de espera
A duplicação dos 33,4 quilômetros entre o prédio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Tabaí e o trecho já duplicado da rodovia, em Estrela, iniciou em novembro de 2010. Já foram investidos R$ 202,8 milhões no empreendimento, orçado inicialmente em R$ 147,4 milhões, conforme o contrato firmado com o consórcio de empresas.
Inicialmente, os serviços estavam programados para serem finalizados em 2013. Mas, com a sequência de paralisações, a obra ficou 41,7% mais cara em relação ao valor original. Foram mais de R$ 60 milhões em aditivos. Com o fim deste trecho de duplicação, líderes regionais se mobilizam para a construção de nova pista em outros municípios do Vale do Taquari.