Volto ao assunto porque gosto. Sou lajeadense e boa parte da minha adolescência foi na rua Júlio de Castilhos. Os títulos no futebol celebrados na década de 90. Os sorvetes e cervejinhas no Seu Carlos. A pizza do João. Por essas e outras antecipo de antemão os meus cumprimentos a quem auxiliar na nova tentativa de ressuscitar a principal rua da cidade.
E não há como pensar no futuro da Júlio sem olhar para o passado. Foi lá atrás, nos idos e vindos de 1988, que a imagem deste artigo foi “descoberta” pelo então colunista Joel Costa. Fora publicada assim, desta mesma forma, e como forma de provocação aos gestores da época, em um momento de debate sobre a ampliação da calçada.
Pois eu, 30 anos depois, faço o mesmo.
Como uma grata surpresa, recebo a informação de que o governo municipal busca reaver o necessário debate sobre a arborização da Júlio de Castilhos. Pretende chamar a Acil, a CDL e o Sindilojas para debaterem, juntos, a melhor forma de levar o Programa Lajeado Mais Verde para a área mais central da cidade. É sadio. Mas por que não ampliar o debate?
Por que não aproveitar e debater sobre a necessidade de menos carros e mais seres humanos na principal rua de Lajeado? Por que não aproveitar e organizar uma mesa-redonda, uma conferência ou mesmo um simples bate-boca sobre onde podemos nos inspirar para mudar o cenário soturno da Júlio de Castilhos, por exemplo?
Não vamos debater apenas a substituição das desgraciosas palmeirinhas por ipês-amarelos ou outras espécies mais harmoniosas. Vamos bracejar por um centro mais humano e menos motorizado. Mais calçada e menos rua. Com mais espaço para caminhar, pedalar, e menos para desfilar o ronco dos motores. Se isso era necessário em 1988, imagina agora!
A ideia descrita na já amarelada imagem que ilustra este artigo não deixa para trás grandes calçadões como a Praça dos Restauradores, em Lisboa, o canteiro central e calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, ou mesmo a rua Fernando Abott, na vizinha Estrela. Afinal, guardadas as devidas proporções, o bom gosto é aplicável em qualquer canto.
Lanches, sucos e a conta!
A ata de registro de preços no valor de R$ 320 mil para compra de lanches gerou forte repercussão. O governo de Lajeado admite o erro por parte da Secretaria de Esporte e Cultura, que fez uma conta equivocada e acima da necessidade costumeira. Além disso, é importante reforçar que tal valor não necessariamente seria gasto, pois se trata – novamente – de uma ata de registro de preço, conforme citado na coluna passada.
Michel Temer em Teutônia?
Há quem diga que o mosquitinho que picou o presidente ilegítimo, Michel Temer (MDB), estaria rondando o município de Teutônia. Temer, todos sabem, aproveitou-se – junto com uma tropa de jagunços – para tomar o lugar da ex-presidente, Dilma Rousseff (PT), em um momento turbulento e de muitas denúncias e incertezas no cenário político. Há quem diga, reitero. E não são poucos os que acreditam em tal tese.
Tiro curto
– Na terça-feira, comitiva de Estrela foi a Porto Alegre solicitar a instalação da 3ª Vara Judicial na comarca;
– O diretório do MDB em Estrela reclama do pouco apoio entre prefeitos e vices da sigla na região em prol da candidatura de Rafael Mallmann à presidência da Famurs. Há quem diga, também, que uma rádio da capital teve influência forte no resultado;
– No interior de Forquetinha, tem quadra de esportes funcionando como estacionamento de máquinas agrícolas e carros;
– A administração de Taquari inicia projeto contra a homofobia nas escolas públicas. Entre os temas abordados em sala de aula, a diversidade e os direitos humanos;
– Após a morte de outro taxista na região, o deputado estadual Enio Bacci (PDT) apresentou um PL para criar um cadastro estadual de assaltantes de taxistas e motoristas de aplicativos. O objetivo é auxiliar nas investigações policiais;
– Ontem, a procuradora-chefe da Procuradoria da República no Estado, Patrícia Nunes Weber, abriu processo administrativo para averiguar a importação de leite em pó do Uruguai. A suspeita é de “triangulação” do produto em outros países.
Boa quinta-feira a todos!
“O bom gosto é a capacidade de reagir continuamente contra o exagero.”
Hugo Von Hofmannsthal