O crescimento urbano na região conhecida por Verdes Vales, no bairro Universitário, traz uma série de problemas viários aos moradores, e novas demandas para o poder público. Após a instalação de redutores na rua Sabiá, a comunidade solicita um quebra-mola em uma das principais transversais, a rua Beija-Flor.
A via vem se tornando uma das principais ligações entre a av. Avelino Tallini – a avenida em frente aos primeiros prédios da Univates –, a rua Sabiá e a av. Amazonas. Com isso, explicam os moradores, o fluxo de veículos aumentou de forma considerável no último ano.
Uma das moradoras que encabeçou um abaixo-assinado é Monaliz Gidk. Ela reside na rua Beija-Flor faz sete anos e demonstra preocupação com a alta velocidade de alguns veículos. “Tanto que de quem sobe em direção à Sabiá, como de quem desce para acessar a Amazonas. Eu entro na garagem para tirar meus filhos do carro, de tanto medo.”
Ela também confirma a preocupação com os animais domésticos. Segundo a moradora, são comuns e corriqueiros os atropelamentos de gatos e cachorros naquela via. “A gente não consegue retirar o carro da garagem com segurança. Poucos respeitam a velocidade. E aqui é uma área residencial que sempre foi tranquila”, lamenta.
Apesar do apelo e do abaixo-assinado, o pedido por um quebra- molas na rua Beija Flor foi indeferido pelo Departamento de Trânsito. “O engenheiro avaliou que, por ser uma via curta, não será instalado o dispositivo. Vamos dar prioridade para pontos mais problemáticos”, explica o diretor Carlos Kayser.
Amazonas x Pasqualini
Outro ponto que gera intensos debates é o entroncamento entre as avenidas Alberto Pasqualini e Amazonas. Morador da divisa entre os bairros Universitário e São Cristóvão, Jorge Eckert atuou no Setor de Trânsito da Brigada Militar e lamenta a falta de soluções apresentadas até então pelo poder público.
“O problema é muito simples. Os motoristas não respeitam a legislação e fazem a conversão à esquerda antes de atingirem o centro do cruzamento entre as vias.”
De acordo com Kayser, serão instalados duas faixas elevadas (ou quebra-molas) na av. Amazonas, quase esquina com a Pasqualini.
Eckert critica a decisão. “Isso não vai solucionar o problema. É só sinalizar o centro do cruzamento, o que pode ser feito com tinta ou com demarcação física”, conclui o ex-PM.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br