A Associação de Prefeitos e Vices do MDB-RS realizou ontem à noite a votação que pode recolocar um representante da região à frente da Famurs. Rafael Mallmann concorre à indicação do partido para presidência da entidade, em disputa com o prefeito de Garibaldi, Antônio Cettolin.
De acordo com gestor de Estrela, a eleição faz parte de um processo interno de debates sobre os objetivos da entidade. Alega que os municípios enfrentam redução nos repasses dos governos estadual e federal ao mesmo tempo em que aumentam as exigências por serviços públicos municipais.
“Não nos importamos de assumir a prestação de serviços em todas as áreas, mas precisamos rever o bolo tributário”, aponta. Conforme Mallmann, hoje apenas 18% do total de impostos arrecadados no país é revertido para os municípios.
Segundo ele, ter um presidente na Famurs coloca o Vale dentro dessa e de outras grandes discussões nacionais e estaduais que passam pela entidade. “É uma representatividade política em um posto muito importante para a construção do estado.”
Desde a fundação da Famurs, em 1976, a região teve apenas um presidente. Foi o ex-prefeito de Muçum, Humberto José Chittó, à frente da entidade na gestão 1989/1991. Em 2010, os então prefeitos de Santa Clara do Sul e Anta Gorda, Paulo Kohlrausch e Vanderlei Moresco, também disputaram uma indicação do PMDB. Na ocasião, o prefeito de Marau, Vilmar Zanchin, venceu o pleito do partido.
Quatro anos depois, foi a vez do então prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert, postular uma indicação ao cargo, junto com os gestores de Barra do Guarita, César Paier; Caiçara, Zílio Roggia; Jaguari, João Mário Cristofari; e Tapejara, Seger Menegaz. Antes da votação, os candidatos entraram em consenso, e Menegaz foi escolhido.
A posse da nova direção da Famurs ocorre no dia 5 de julho. Mais de 200 filiados ao MDB participaram do pleito de ontem. Os resultados da votação não foram divulgados antes do fechamento da edição.
Representantes na Assembleia
Nome cogitado no início do ano para concorrer a um cargo de deputado estadual, Mallmann alega ter desistido da ideia neste ano. “Se fosse candidato, deveria ter me licenciado seis meses antes do pleito”, alega.
Para ele, o Vale do Taquari precisa trabalhar para ampliar a representação no parlamento gaúcho, e o primeiro passo para isso é reduzir o número de candidatos locais para evitar a dispersão de votos em diferentes candidaturas.
“Como temos uma economia muito forte, o Vale recebe moradores de outras regiões que constituem residência aqui, o que também ajuda a dispersar um pouco do nosso potencial de votação local”, acredita. Na opinião de Mallmann, somente com a união das forças políticas de diferentes partidos será possível ampliar a participação regional na Assembleia.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br
