Porta fechada

Editorial

Porta fechada

O impasse sobre o acesso ao Setor de Emergência do Hospital Bruno Born (HBB) divide interesses da instituição de saúde e da comunidade. Ao estipular como condicionante a aprovação do novo contrato do município de Lajeado à reabertura para a…

O impasse sobre o acesso ao Setor de Emergência do Hospital Bruno Born (HBB) divide interesses da instituição de saúde e da comunidade. Ao estipular como condicionante a aprovação do novo contrato do município de Lajeado à reabertura para a comunidade, os vereadores colocam a responsabilidade sobre a casa de saúde. Faz bem o parlamento em esgotar a discussão. Só assim é possível chegar próximo ao consenso.
Desde o atentado na recepção do setor, no dia 1ª de abril, o intuito do HBB em limitar a entrada do público ficou mais latente. Faz pelo menos quatro anos que essa ideia é debatida pelo comando da instituição. Os motivos vão desde o mais grave, o fato do risco à segurança dos funcionários, passam pelo argumento de que seria possível ter mais qualidade nos atendimentos e pelo fato de os pacientes procurarem a instituição fora do quadro de urgência e emergência.
Sem entrar no mérito da razão dos diretores do hospital, fechar a porta de uma área dedicada ao atendimento do SUS abre espaço para dúvidas. Diversas cidades contam com convênios. Em feriados e fins de semana, a referência passa a ser o HBB. Santa Clara do Sul é um desses municípios. Frente ao fechamento do setor, a população fica sem saber como proceder, inclusive esses questionamentos foram abordados pelos parlamentares.
[bloco 1]
O HBB garante que mantém os atendimentos, com prioridade para situações mais graves. Essa é a lógica de uma emergência. O fato pontual é a necessidade de ampliar a consciência da população. Deixar cada vez mais claro o propósito daquele setor do hospital.
Não é simples, ainda mais com a deficiência no transporte público de Lajeado. Se os casos eletivos, sem risco de vida devem ser atendidos na UPA, é preciso facilitar a chegada dos pacientes lá. Aqueles que dependem de ônibus estão limitados.
Sobre a unidade do bairro Moinhos D’Água, cabe destacar que o estabelecimento era para ser de atendimento regional. Mas o modelo de contrato pesou sobre as contas municipais, e prefeitos vizinhos não aderiram. O ônus da manutenção da UPA pesou apenas sobre Lajeado. Logo, o atendimento é exclusivo para moradores da cidade.

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