Após cinco meses de funcionamento em novo local, o Cartório Eleitoral foi inaugurado na manhã dessa sexta-feira, dia 11. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), desembargador Carlos Cini Marchionatti, autoridades ligadas à Justiça Eleitoral e funcionários estiveram presentes.
A sala ampla e com acessibilidade está em situada na rua Júlio de Castilhos, 774, 2º andar, em frente ao Hospital Beneficente Santa Terezinha.
Conforme a juíza eleitoral da 67ª Zona Eleitoral de Encantado, Jacqueline Bervian, além de contar com elevadores, espaço amplo e banheiros, a nova sala também proporcionou o aumento de guichês para atendimento.
Além de Encantado, a comarca atende os municípios de Doutor Ricardo, Muçum, Relvado, Roca Sales e Vespasiano Corrêa. O horário de atendimento é de segunda à sexta-feira das 11h às 18h.
Troca de juiz
A juíza Jacqueline Bervian transfere o cargo ao juiz Clóvis Frank Kellemann Junior.
Kellermann trabalha em Encantado faz cerca de quatro anos. Na eleição de 2014, também atuou como juiz eleitoral. “A publicidade enganosa, principalmente as fake news, este ano são uma preocupação forte da Justiça Eleitoral”, salienta.
Segundo ele, a partir de agora, iniciam as convenções partidárias, indicações dos candidatos. Após a definição do cronograma nacional, o TRE divulga a dos mesários.
Entrevista
Responsabilidade e exercício de cidadania
Presidente do TRE-RS, desembargador Carlos Cini Marchionatti
A Hora – Como está a organização para as eleições 2018?
Carlos Cini Marchionatti – A Justiça Eleitoral consegue realizar as eleições porque tem ajuda de muitas instituições: o Exército; a imprensa, sem a imprensa não conseguiríamos fazer eleições; e somos muito gratos por isso. A expectativa é que este ano as eleições ocorram em um momento histórico inédito. Todos sabemos o que está acontecendo em Brasília. Todos estamos acompanhando como os políticos têm sido criticados, então, é hora do eleitor votar com muita consciência. Pensar no voto que vai dar, avaliar os candidatos, as propostas. Ter consciência do voto que está dando. Isso é necessário. Se não for assim, não há mudanças. Temos políticos exemplares e outros que desonram o mandato popular. Quem ganha ou perde a eleição é o eleitor. É a sociedade. Se o eleitor não souber escolher os melhores candidatos, todos nós perderemos. O voto é um instrumento fundamental e determinante. Os partidos políticos também têm uma responsabilidade muito grande. Eles devem indicar os seus melhores candidatos.
E a questão das fake news?
Marchionatti – As notícias falsas vão acontecer, mas o eleitor também tem condições plenas de verificar se é uma notícia falsa. Vou fazer uma pergunta a vocês: Como a Monarquia caiu e foi implantada a República em 1891? Foi uma fake news. Alguém espalhou a notícia de que Dom Pedro II ia nomear para primeiro ministro, na época, um político adversário do Marechal Deodoro e não era verdade. Ao saber disso, o marechal implantou a República. Então, as fake news sempre existiram, não tinham esse nome. No ambiente político, essas situações até um certo ponto são naturais, acontecem. Agora, olhando do lado do eleitor, ele tem plenas condições de identificar isso. Não precisa acreditar na primeira conversa.
Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br