O aparecimento de manchas irregulares no corpo podem acender um sinal de alerta a quem gosta de se expor ao sol. Muito comum em mulheres na idade fértil, gestantes ou após a menopausa, o melasma está relacionado a dois fatores, a desregulação hormonal e a exposição solar.
De acordo com a médica dermatologista Mercedes Saraiva Rubim, da Fachini Medicina e Odontologia, o melasma também pode ocorrer em homens, mas a incidência é baixa. “Não há uma causa definida, mas muitas vezes essa condição está relacionada ao uso de anticoncepcionais femininos, à gravidez e, principalmente, à exposição solar”, explica.
O fator desencadeante é a exposição à luz ultravioleta e até mesmo à luz visível. Mercedes enfatiza que também pode ocorrer devido à predisposição genética. “Pessoas com ascendência oriental e indígena são muito propensas a desenvolver o melasma. Por isso é tão importante o uso do protetor solar”, enfatiza.
A médica também explica que nesse caso os filtros solares comuns não são suficientes. É necessário um bloqueio físico, com filtros que contenham pigmento, e o uso de chapéus e bonés.
Tratamento
Entre os tratamentos, estão a proteção aos raios solares, o uso de cremes que contenham hidroquinona e ácidos glicólico, retinóico e azeláico. “Exceto nos casos de gravidez, o melasma não tem cura”, diz. De acordo com Mercedes, o tratamento deve ser acompanhado por profissional. “Se acabarmos com as células que produzem melanina demais e causam o melasma, teríamos outro problema, o vitiligo”, enfatiza.
Alguns medicamentos via oral baseados em plantas, como pinus, samambaia e algumas ervas podem auxiliar na redução da produção do melasma. “Cria-se uma resistência maior no corpo ao hormônio que produzimos quando pegamos sol. Ele é responsável pela pigmentação da pele, mesmo que se pegue sol apenas em algumas partes”, finaliza.
Para Ana Júlia Kosla, 46, o melasma apareceu após o uso contínuo de anticoncepcional por cinco anos. “O médico constatou que eu estava com desregulação hormonal. Receitou nova medicação e fui ao dermatologista. A partir disso, me protejo muito do sol e faço peeling”, conta.
Ela relata que sem os devidos cuidados as manchas voltam a escurecer. “Minha mãe também tinha, então, eu já sei que provavelmente terei que cuidar das manchinhas para o resto da vida”, fala.