Enquanto a intolerância ao glúten ganha cada vez mais atenção por parte da medicina, uma vez que os diagnósticos evoluíram, cresce também o número de pessoas que prefere reduzir o consumo de farinha branca.
Segundo a nutricionista Bruna Martini, o processo de refinamento retira os principais nutrientes da farinha. Por isso, seu consumo pode ser associado ao aumento da glicose sanguínea, diminuição da saciedade, problemas gastrointestinais e metabolismo lento.
Para quem quer manter a alimentação equilibrada, a dica é optar pela farinha de trigo integral ou opções o menos processadas possíveis. Já para os celíacos, tipos como farinha de arroz, amido de milho, fubá, farinha de mandioca, farinha de milho, fécula de batata e polvilho são aceitáveis por serem naturalmente sem glúten.
Contudo, no momento da compra, é preciso observar o rótulo. Por lei, a embalagem precisa informar se o alimento tem ou não glúten. “É interessante ficar atento a produtos classificados como isentos de glúten, pois esses podem acabar sofrendo alterações na sua composição em virtude de possíveis contaminações cruzadas.”
Na loja Natural da Montanha, são vendidos cerca de 20 tipos de farinhas. Segundo uma das proprietárias, Bruna Dartora, há opções a granel, mas, para celíacos, são vendidas embalagens lacradas, para evitar contaminação. O estabelecimento está em funcionamento faz seis meses e tem uma clientela diversificada, desde pessoas que querem emagrecer até quem quer viver mais e melhor.
As farinhas de aveia e de arroz saem bem e, de forma geral, têm estrutura parecida com a de trigo. A de grão de bico é bastante visada por veganos, enquanto a de maca peruana, por quem faz academia, para citar dois exemplos.
O rol das farinhas ainda inclui de beterraba, milho crioulo, amaranto, laranja, açaí, maçã, uva, linhaça, ameixa, entre outras. As de frutas são boas opções para polvilhar outros alimentos ou para o uso convencional.
Segundo a nutricionista, as versões de maracujá, de uva e a de banana-verde, por exemplo, podem auxiliar no aumento da saciedade, no controle da glicemia, na redução do colesterol, na regulação do intestino e na melhora da flora intestinal. “Mas cuidado; não significa que por ela possuir mais nutrientes possa ser consumida em excesso”, alerta.