Projeto de extensão mapeia prédios históricos do Vale

FORQUETINHA - PATRIMÔNIO VIVO

Projeto de extensão mapeia prédios históricos do Vale

Iniciativa da Univates cataloga arquitetura colonial nas cidades do G-8

Projeto de extensão mapeia prédios históricos do Vale
Vale do Taquari

Apaixonada por prédios antigos e patrimônios históricos, a estudante de Arquitetura e Urbanismo da Univates, Silvia Pedrotti, 24, viu no projeto de extensão Patrimônio Vivo uma oportunidade de conciliar o gosto por restaurações em construções com a chance de mapear e contribuir para a melhoria de casas centenárias na cidade onde cresceu.

Ela é a primeira voluntária deste projeto pioneiro no estado, que tem o objetivo de desenvolver ações de educação patrimonial. “A importância desse resgate está relacionada com valorização de uma época arquitetônica e histórica”, diz a estudante.

Por meio de práticas de preservação, salvaguarda e valorização do legado histórico, alunos de todos os cursos da Univates podem participar da ação que tem o objetivo de mapear casas centenárias e prédios históricos em municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Assuntos Estratégicos do G8 (Cipae G8) – grupo formado por Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Cruzeiro do Sul, Forquetinha, Marques de Souza, Progresso, Santa Clara do Sul e Sério.

“Junto com a comunidade, a universidade vai coletar tudo que for de valor histórico, principalmente nas tradições de cultura da imigração alemã e italiana”, conta a professora e coordenadora do projeto de extensão Jamile Weizenmann.

Cercada de casas centenárias, Forquetinha foi escolhida como o primeiro município a ter os patrimônios históricos mapeados.

O prefeito Paulo José Grunewald elogia a iniciativa. Ele destaca a importância de manter viva a história por meio dos prédios e casas antigas erguidas pelos primeiros moradores.

A estudante de Arquitetura e Urbanismo Silvia Pedrotti, 24, é a primeira voluntária do projeto Patrimônio Vivo

“Sem a memória material, perdemos as nossas origens. Não podemos arrancar esses prédios para dar lugar à reurbanização da cidade. Precisamos preservar esse patrimônio”, defende.

O Patrimônio Vive envolve parceria com as administrações municipais da região e atividades com grupos organizados. Ao fim do projeto, a ação deve culminar com a Caminhada do Patrimônio – uma rota turística pelas casas e patrimônios históricos do Vale.

Antepassados

Datada de 1926, a casa do agricultor Lauro Baum, 52, foi recentemente restaurada por ele. O imóvel, que já serviu de cenário para filmes e curta-metragens, chama a atenção pelo zelo do proprietário. Baum é a terceira geração que mora na residência, às margens da ERS-421.

“É uma história que começa pelos nossos antepassados”, conta. “Se eles tiveram dificuldades em construir casas para abrigar nossas famílias com segurança e conforto, é nosso obrigação cuidar e preservar isso”, relata.

A vereadora Inês Schwingel, 50, moradora de uma das mais antigas casas do município, com mais de 140 anos, vê no projeto a chance de valorizar a cultura e tradição da região.

“Tem muita casa abandonada que ninguém cuida. Nós tentamos valorizar nossos antepassados, que trabalharam muito para fazer tudo isso”, fala.

Para todos

Estudantes de todos os cursos podem participar do projeto Patrimônio Vivo como voluntários. Mais informações podem ser obtidas pelo patrimoniovivo@univates.br

“O papel da extensão universitária da Univates é de que nosso aluno também aprenda com isso. Como o resgate arquitetônico passa por diversos temas, todos os universitários estão convidados a se voluntariar”, convida a professora Jamile.

A partir do levantamento do Patrimônivo Vivo, serão realizados materiais de síntese como mapas, painéis e folhetos com a identificação do patrimônio. O material digital produzido será difundido nos municípios da região.

Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

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