O projeto Cidades em Pauta volta à atenção para o Plano Diretor de Lajeado. Debate hoje com agentes públicos, especialistas e empreendedores aborda o índice de ocupação do solo das construções. Temática importante pois estabelece uma redução de 20% nas construções, como forma de garantir mais áreas verdes e ventilação entre os prédios.
A proposta encontra resistência por parte das empresas de construção civil e loteadoras. Entre a qualidade de vida e o interesse financeiro, é preciso encontrar um equilíbrio. Como o novo planejamento urbano está em voga, essa discussão é pertinente para auxiliar na busca pelo caminho mais consensual o possível. O evento será hoje no salão da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e começa às 18h30min.
Após anos longe dos olhos da sociedade, a organização urbana da maior cidade do Vale retorna ao espectro social. O planejamento é uma ferramenta fundamental para uma gestão eficiente, indiferente do segmento. Na vida profissional, pessoal, nas empresas e setores públicos. Com uma estratégia clara de onde se planeja chegar, é possível canalizar os esforços para o cumprimento dessas metas.
Com o Plano Diretor de Lajeado, há avanços nesse sentido. O problema foi a demora para debater quais mudanças precisam ser feitas nas regras. Por muito tempo, foram feitos ajustes pontuais, por vezes, baseados em interesses específicos e com pouca transparência.
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A cidade cresceu, progrediu em termos de habitantes e de importância econômica. Esse desenvolvimento impacta sobre o cotidiano. A falta de saneamento básico, os gargalos da mobilidade urbana e o descompasso entre sustentabilidade x desenvolvimento são algumas falhas típicas da falta de um plano de longo prazo.
As dificuldades enfrentadas por Lajeado são muito similares a outras cidades de médio e grande porte, pois a pouca preocupação em planejar é uma característica brasileira. Importante que cidades menores implantem modelos sustentáveis desde agora. Caso contrário, repetirão os mesmos erros nas próximas décadas.
O relógio não para e por vezes o tempo atropela quem não se organiza. O mesmo vale aos municípios. A diferença de uma cidade preparada para os dias que virão e aquela que apenas tenta corrigir quando o problema está posto está na amplitude da visão sobre como deve ser o futuro.
