Ações que propagam a cultura vinífera no Vale do Taquari atraem até moradores da Serra Gaúcha, região tradicional na produção e consumo do vinho. Morador de Nova Prata, o casal Diego Antonietti, 37, e Kátia Peterle, 37, veio a Lajeado na sexta-feira à noite para participar do 9º Encontro do Vinho, realizado pela Casa Nostra.
É a segunda vez que Antonietti participa do evento. No mês passado, ele também esteve na maior cidade do Vale para aprender mais sobre o principal derivado da uva. Gerente comercial, ele viaja bastante e, por passagem pela região, soube da reunião. Em sua cidade natal, ele participa de duas confrarias do vinho. “Quero ver se trago o pessoal comigo nas próximas vezes.”
Quem também veio de cidade de colonização italiana é a farmacêutica Melissa Botassoli, 30, de Encantado. Ela aproveitou o evento com a amiga, a jornalista Fernanda Almeida, 34, de Santa Cruz do Sul. “O Malbec argentino é um que eu sempre tenho em casa”, comenta a moradora do Vale. Além dos vinhos, elas elogiaram o hambúrguer feito com pão de fermentação natural.
O empresário Paulo Eduardo Kieling, 53, e a mulher, Marissonia Emmendörfer, 52, também tiraram a noite para apreciar a bebida considerada o ‘néctar dos deuses”. No dia a dia, o casal prefere os tintos e costuma consumir uma taça durante o jantar. “O Malbec de Mendoza é muito bom, pois não é muito forte nem muito suave. Esse não tem erro”, observa.
Do Vale dos Vinhedos ao Vale do Taquari
O enólogo Giovanni Viana é um dos especialistas que interagiu com o público durante o evento. Ele trabalha para a vinícola Pizzato, localizada no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Segundo ele, o Merlot é o carro-chefe da casa, pois foi o primeiro a ser produzido, além ser destaque entre os prêmios conquistados pela marca.
Ele apresentou três rótulos, sendo um gran reserva feito de cabernet sauvignon, merlot e tannat; um merlot e um cabernet sauvignon. “Temos vinhedos próprios, sendo um no Vale dos Vinhedos e um em Dois Lajeados.”
Diego Antonietti e Kátia Peterle, de Nova Prata, prestigiaram o evento
Teve também quem aproveitou a ocasião para conhecer gente nova. Foi o caso do gerente industrial Marcos Marconato, 43, que veio do interior de SP e está em Lajeado faz cerca de nove meses, onde reside com a mulher, Silvia Marconato, 43.
Ele experimentou – e aprovou – rótulos chilenos, reserva e gran reserva. Aos poucos, pretende se tornar íntimo da bebida que mais combina com o clima gaúcho. “Lá em SP se toma mais cerveja, por causa do calor. Já passei um inverno e aqui e senti a diferença.”
Próxima edição
O proprietário da Casa Nostra, Dornei Delazeri, se surpreendeu com o público, que chegou a 110 pessoas. “A gente não esperava, até por causa do feriado. Muitos clientes estavam viajando e mesmo assim teve bastante gente.” Segundo ele, a degustação resultou no consumo de 60 garrafas, além de 110 hambúrgueres de pão com fermentação natural.
Ele já começa os preparativos para a próxima edição, marcada para o dia 25 de maio. O valor deve se manter o mesmo: R$ 100 por pessoa.
Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br
