Ator da Globo chega ao Vale entusiasmado com o PENSE. Na mesma semana, a região vira manchete nacional por denúncia de corrupção pública
O Vale do Taquari abriu a semana, na segunda-feira, com o lançamento do maior projeto social voltado à educação: O PENSE – Programa de Ensino e Educação Solidário. É um movimento comunitário inédito que servirá de modelo ao Brasil, segundo palavras do ator e professor Werner Schünemann.
Em lançamento na Univates, A Hora e outras seis instituições protagonizaram a largada de um projeto de cidadania, no qual o respeito, a ética e a civilidade são pilares de uma sociedade que se pretende transformadora.
Valorizar os professores significa reconhecer a essência da evolução do conhecimento e do ensino-aprendizagem. Como já escrevera na semana passada, se existe um empresário ou qualquer outro profissional bem-sucedido é por que, em algum dia, esse teve um professor.
Não basta aplaudir. Cada um um de nós precisa fazer a sua parte quando se trata de educação. O PENSE permite isso, pois une assinantes e anunciantes do jornal A Hora em uma grande corrente a favor da educação. Parte do valor da assinatura e da publicidade dos anunciantes vai para o projeto.
O financiamento se dará pelo Fundo Assinante Solidário que, assim como em 2017, destinará recursos financeiros relevantes. Neste ano, será a vez do PENSE.
Caravanas chegarão às escolas e o reconhecimento será dará por meio de prêmios, como viagens nacionais e internacionais, além de cursos e treinamentos, dinheiro e ingressos para professores, alunos e escolas.
O evento de segunda feira serviu para o Vale ganhar notoriedade e um admirador. O ator global saiu daqui entusiasmado com o que viu e ouviu. Disse: “o PENSE é uma iniciativa pioneira e que pode mudar o Brasil, se levado para todo o país”. (veja entrevista nas páginas 6 e 7)
Diferente, terminamos a semana. A prisão de quatro pessoas ligadas ao governo de Jonatas Brönstrup (PSDB) mostra um lado sombrio e macula a imagem de Teutônia e do Vale em âmbito nacional.
As manchetes sobre as denúncias do promotor Jair Franz contra os envolvidos ganharam as páginas dos grandes jornais e sites do país, com a mesma facilidade com que os acusados parecem ter agido para atrair a ira do MP.
Embora os denunciados ainda tenham a possibilidade de defesa, os indícios e os motivos que embasaram a ação do Ministério Público denotam a gravidade do esquema sob investigação.
Em plena Lava-Jato no país, fica difícil compreender a ousadia ou a falta de cuidado de agentes públicos na condução do erário. Inacreditável a petulância e a “certeza” da impunidade, em alguns casos. Quero crer que não seja o caso.
É cedo para emitir julgamentos, mas o fato é sério e preocupante. O aparato coercitivo e os indícios que permitiram a ação da polícia falam por si só. Em qualquer circunstância mais amena, o MP busca mandar uma “cartinha” ou ofício para falhas ou sugerir providências. Nesse caso, não. Foram dezenas de policiais e uma estratégia relâmpago invadindo a prefeitura e a casa de alguns.
Serve de lição aos agentes políticos do Vale. O MP sabe que existem situações similares em outras cidades e, possivelmente, o avanço das ações persistirá. Aos cidadãos teutonienses, cabe esperar e acompanhar o desenrolar das investigações.
Mas o que ocorreu em Teutônia é auspicioso. Que a verdade seja apurada no mais curto espaço de tempo. E, se houver culpados, que esses sejam responsabilizados.
Botando fé no velhinho
O prefeito de Encantado, Adroaldo Conzatti(PSDB), chama atenção pela postura austera com que governa a cidade. Foi prefeito no passado, quando não teve o mesmo desempenho. Com quase 80 anos, Conzatti tem recebido o reconhecimento de adversários políticos pela condução isenta e sem apadrinhamentos políticos.
Na câmara, a oposição tenta impedir o avanço de uma gestão mais técnica.
Historicamente, Encantado se divide entre dois grupos políticos. Via de regra, PP e MDB protagonizaram as rivalidades que chegam no seu ápice a cada quatro anos.
A indústria das fake news
Todos os dias, recebo informações e alertas de amigos e conhecidos sobre o poder das falsas informações. O “terror” avança nas redes sociais e não tem fronteiras. A praga se espalha rapidamente com o uso da manipulação robótica. Divide a sociedade e cria guetos de extremismo que beiram a barbárie.
Na próxima semana, pretendo falar desse assunto. Material farto tenho recebido dos meus leitores e quero compartilhá-lo. Combater as notícias falsas é uma tarefa de todos os cidadãos que se pretendem evoluídos e do bem. Um alento perceber que existe muita gente incomodada com esse conteúdo tóxico.