Pensar é refletir. Pensar faz evoluir.

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

Pensar é refletir. Pensar faz evoluir.

Elevar o nível de compreensão é o desafio na era da superficialidade
O pensamento estruturado e o discernimento são fundamentais para a evolução do indivíduo e da sociedade. Um povo sem cultura é um povo alienado, ou entregue à própria sorte. Tudo o que sabemos emana do conhecimento, que é fruto da educação.
Convicto dessa essência, o A Hora lança, nesta segunda-feira, em parceria com outras seis organizações, seu mais arrojado projeto social enquanto instituição jornalística: o PENSE.
O programa adentra para um tema vital à evolução das coisas. É, ao mesmo tempo, uma questão de sobrevivência aos jornais. Afinal, sem leitura não há discernimento e sem leitores não haverá necessidade de jornais.
Em uma sociedade onde não há compreensão para separar o “joio do trigo” – especialmente na era pós-verdade – não haverá equilíbrio. E, por consequência, estarão comprometidos os valores como ética, respeito, empatia e tantos outros norteadores de uma nação civilizada e democrática.
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Segunda-feira, às 8h30min, o PENSE inicia um ciclo inédito na educação do Vale. É um projeto genuinamente regional, que conta com a força e sensibilidade de líderes públicos e privados, unidos pelo mesmo propósito. E o foco central é o professor.
Não é possível falarmos de ensino-aprendizagem sem falar do educador. Muitos esquecem que, se existe um chefe de Estado, um empresário, ou qualquer outro profssional bem-sucedido na vida, é por que esse teve um professor em sua trajetória.
Ainda assim, a sociedade insiste em diminuir seu valor. Desvaloriza sua essência e desfaz seu protagonismo.
Pessoalmente, sempre admirei muito meus professores e, quase todos eles, inspiraram meus sonhos. Desde a infância, eu apreciava o jeito, a dedicação e a eloquência dos meus mestres. E pensava: um dia quero ser igual. Quero saber falar, escrever e pensar como eles. Eu admirava seus conhecimentos, sua disciplina, sua firmeza e afeto e, ao mesmo tempo, para mim, o professor era meu líder.
Talvez essas lembranças não toquem o coração de todos, mas tocam o meu e de um punhado de gente grata pelos ensinamentos recebidos.
Lembro quando tinha 10 anos de idade. Meu pai doente, quase sempre ausente. Era apenas minha mãe com seis filhos. Eu, o mais velho. E, não fosse a inspiração na figura do professor, talvez não tivesse encontrado respostas e esperança para superar os desafios que a vida impunha naquele momento.
Sou mais do que grato aos professores. Sou um entusiasta e um apaixonado por quem ensina os outros.
Por isso, sempre que posso, dentro das minhas limitações, busco multiplicar os ensinamentos fundamentais que recebi dos meus professores. Acredito na educação como ferramenta de transformação. Estou na comunicação, de certo modo, pela oportunidade de transmitir algo para as pessoas. Faço com paixão, assim com vi meus professores fazerem.
Como diz o colega colunista, Gilberto Soares: “estou irradiante com o PENSE”. De fato, o movimento que o Vale do Taquari inicia nesta segunda-feira é uma semente que tende a germinar e dar frutos vistosos num futuro que a todos pertence.
Sintam-se convidados para o lançamento. Será às 8h30min, no Teatro da Univates, com a palestra do ator e professor de Histórica, Werner Schünemann.
Aos parceiros, Univates, 3ª CRE, Cron, Dale Carnegie, Sicoob e Amvat, desde já, o reconhecimento pela visão e sensibilidade em apostar em algo fundamental neste momento tão superficial que a era tecnológica impõe nas relações humanas.


Liderança de fato
O advogado Miguel Arenhardt se despediu da Acil de Lajeado nessa quinta-feira à noite. Deixa um legado de líder atuante e coerente. A incumbência para dar continuidade ao excelente trabalho de Arenhardt recai sobre Aline Eggers, empossada, filha de um ex-presidente, Nelson Eggers, que comandou a cada há quase 40 anos.
Um dos maiores desafios da Acil será ampliar a compreensão local da urgente necessidade de prepararmos as empresas e a cabeça dos empreendedores para participar do ciclo tecnológico e de inovação em curso. Não está diferente para o governo municipal.


O que nos falta?
Uma região se desenvolve melhor quando agrega valor nos negócios. Embora algumas empresas, especialmente indústrias, se destacam fora do Vale do Taquari, muitas outras seguem na retórica do varejão. Vendem apenas preço. A falta de valor agregado atinge, principalmente, o comércio e a prestação de serviços da região.
Estaria a falta de coragem e ousadia atrelada à percepção de valor dos consumidores? Ainda que o setor de gastronomia esteja em franca expansão de variedades e quantidades, faltam casas que ofereçam pratos com valor agregado, a exemplo do que ocorre na Serra Gaúcha, por exemplo. Algumas começaram e desistiram!

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