Desafio no campo

Editorial

Desafio no campo

Os dados preliminares do Censo Agro 2017 apontam para uma tendência cada vez mais latente na região. Há uma queda constante no número de estabelecimentos do campo. Mostra que o fenômeno do êxodo rural pode ter reduzido o ímpeto em…

Os dados preliminares do Censo Agro 2017 apontam para uma tendência cada vez mais latente na região. Há uma queda constante no número de estabelecimentos do campo. Mostra que o fenômeno do êxodo rural pode ter reduzido o ímpeto em relação às décadas de 80 e 90. No entanto, a questão da sucessão permanece como um desafio para o futuro da produção local.
Os motivos envolvem a falta de mão de obra e também de sucessores na propriedade. O trabalho ininterrupto, todos os dias da semana, sem férias, sem fim de semana, sem folga. Essa dedicação constante afasta o interesse dos mais jovens.
Soma-se a isso as dificuldades enfrentadas pelo setor leiteiro, incertezas sobre a sustentabilidade da propriedade como negócio e a imposição de leis cada vez mais rígidas para venda das produções. Todos esses fatores fazem com que o produtor repense a permanência na atividade.
Frente aos novos tempos, a exigência sobre o agricultor mudou. A forma de produção evoluiu. No campo, o trabalho precisa ser estratégico e gerenciado como em uma empresa. A qualificação é essencial para os produtores se manterem no mercado. Um dos indicativos desse novo cenário pode ser confirmado com o aumento na produção.
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Cooperativas regionais compreendem esse fenômeno e desenvolvem iniciativas para garantir a continuidade do trabalho nas propriedades. As estratégias consideram a necessidade de estabelecer processos cada vez mais sustentáveis. Junto com os associados, criam formas de manter os jovens no campo.
As oportunidades criadas para os produtores fazem com que as novas gerações passam a ver possibilidade de negócios no meio rural. A recuperação costuma ser mais lenta. Ainda assim, o Vale começa a equilibrar a balança. Em princípio, apenas Westfália e Muçum tiveram um índice de aumento no número de estabelecimentos agropecuários entre 2006 a 2018.
Celeiro produtor de alimentos, com a economia baseada no agronegócio, o Vale do Taquari evolui em qualidade e em produtividade. Ao passo que outros estados e regiões se espelham nos formatos produtivos, ratifica-se os acertos em profissionalizar e implementar fórmulas de pensar e gerir as propriedades rurais.

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