A administração municipal lançou processo licitatório para obras de melhorias no Parque do Engenho, localizado entre os bairros Hidráulica e Americano. A primeira ação será a reforma da estrutura do moinho. Ainda no primeiro semestre, o governo pretende reformar ponte, escadas, muretas e ainda instalar um novo aerador para a lagoa, substituindo o aparelho atual.
De acordo com o secretário de Obras e Serviços Públicos (Seosp), Cassiano Jung, a intenção do Executivo é seguir, também, realizando manutenções gerais na estrutura do parque, considerado o ponto onde foram erguidas as primeiras edificações em Lajeado.
“Quase todos os espaços internos carecem de manutenção. Queremos iniciar tudo ainda neste semestre, mas não vamos anunciar previsões. Precisamos também melhorar os pórticos do parque”, salienta Jung. O que fica próximo à entrada do Clube Tiro e Caça, por exemplo, está quase destruído.
Recentemente, a empresa Esquadrilhas D´Itália Ltda foi contratada mediante processo licitatório para a reforma da roda do Parque do Engenho. Conforme o edital, o serviço consiste na “troca da madeira do fundo das caixas que fazem a roda girar, e da troca de algumas peças danificadas que formam a caixa da roda, bem como da limpeza da calha da roda.”
O valor total desses serviços estava orçado em R$ 11,3 mil, sendo R$ 3,4 mil de recursos referentes ao material necessário para as reformas previstas, e outros R$ 7,9 mil a serem pagos pela mão de obra necessária. Esses serviços devem iniciar nas próximas semanas.
“Também fizemos orçamento para trocar algumas madeiras que estão quebradas. Já trocamos algumas, e agora vamos ajeitar o rolamento da roda, que está estragado. Abrimos, ainda, expediente junto à Seosp para realizar obras nas grades e na ponte”, reforça o titular da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Luis Benoitt, cuja sede fica junto ao Parque do Engenho.
Local foi o berço da cidade, onde Antônio Fialho de Vargas construiu, em 1862, o complexo industrial e comercial
Projetos no passado
As promessas de reformas mais amplas no local se perpetuam a cada nova gestão. Em agosto de 2014, por exemplo, o então secretário interino da Sema, Jean Tasca, anunciou um projeto que englobaria as secretarias da Agricultura e Urbanismo, Seosp e de Planejamento (Seplan). O plano previa a implantação de um sistema de segurança, reforma da escadaria, instalação de luminárias e refletores, troca das lixeiras e bancos, melhorias nas trilhas e instalação de placas.
Também estava prevista uma limpeza do lago. Entretanto, desde aquela data, pouco foi feito para melhorar a estrutura do parque. Entre as melhorias realizadas, pequenas reformas na escadaria e troca de algumas lixeiras. Já em de fevereiro de 2017, a administração providenciou o conserto de uma bomba d’água que viabiliza o funcionamento da roda d’água instalada. Um ano depois, a estrutura está de novo com problemas.
Presença de dependentes químicos no parque amedronta visitantes
Uso de drogas
Com trilhas no entorno da lagoa, o ponto histórico do município carece de seguranças. Segundo pessoas que utilizam o ponto para fazer caminhada, os idosos estão deixando de ir ao local rezar – existe uma pequena gruta, com uma santa, no local – em função do aumento no número de usuários de drogas no local.
“Moro a duas quadras daqui. Venho caminhar aqui todos os dias, faz 12 anos. E cada vez me parece mais perigoso, apesar de algumas melhorias na área verde do local. Infelizmente, já vi muito uso de drogas e até sexo ao ar livre rolando por aqui. Isso afasta as pessoas, não tem jeito”, denuncia o morador Luis Carlos Berner.
Responsável pela Secretaria de Segurança Pública, Paulo Locatelli afirma que há projetos específicos para o Parque do Engenho.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
