As vítimas de crimes virtuais aumentam a passos largos. Na semana passada, um caso envolvendo o radialista João Pedro Stacke impactou a região e se disseminou pelas redes sociais. Reportagem do A Hora no fim de semana ratifica a gravidade e a vulnerabilidade dos cidadãos expostos ao mundo cibernético.
Ao passo que a tecnologia, especialmente a internet, trouxe avanços para a comunicação a ponto de promover uma grande revolução social e industrial, os crimes em escala crescente alertam para o uso e o comportamento preventivo.
Stacke foi vítima de uma montagem em vídeo, no qual teve a imagem vinculada a cenas de dois homens fazendo sexo num matagal. O vídeo se espalhou pelas redes sociais e o impacto sobre o radialista ganhou proporção. Para reparar os danos, busca medidas judiciais.
[bloco 1]
Esse e outros crimes têm sido cada vez mais comuns. A informação da delegada estadual de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI), Luciana Caon, na mesma reportagem, mostra a dimensão e a gravidade do assunto. Em Porto Alegre, o número de registros feitos na delegacia passou de 300 para 500 de um ano para o outro. Sem contar as situações em que não é feito o Boletim de Ocorrência.
Enquanto criminosos aumentam o número de vítimas, a polícia ainda procura caminhos sólidos para combater os abusos ou, ao menos, identificar os autores. A falta de investigadores lotados nas delegacias é um dos principais agravantes para o insucesso nas apurações. Na ausência de regras e de critérios éticos e morais capazes de regular o comportamento no mundo virtual, criminosos encontram na internet e nas redes sociais solo fértil para multiplicar vítimas. Tem sido assim também com as fake news – notícias falsas – que se espalham em quantidade preocupante entre a sociedade.
Enquanto inexistem mecanismos de combate e controle sobre os crimes ou fakes, a responsabilidade e precaução deve ser cada vez maior por parte dos usuários. O seminário promovido pelo Ministério Público Federal na semana passada, em Encantado, apontou justamente para isso. Alerta para as ameaças diárias e orienta menos exposição pessoal para diminuir os riscos ou as consequências em caso de crime cibernético.
Editorial
Perigo crescente
As vítimas de crimes virtuais aumentam a passos largos. Na semana passada, um caso envolvendo o radialista João Pedro Stacke impactou a região e se disseminou pelas redes sociais. Reportagem do A Hora no fim de semana ratifica a gravidade…