Tomar uma decisão empresarial é sempre uma tarefa complexa. Mesmo as mais simples definições trazem consequências aos processos, pessoas, produtos ou serviços oferecidos. No setor privado, existe pouco espaço para o improviso.
Os erros em questões essenciais custam caro, atrasam o desenvolvimento do negócio e, a depender da velocidade de diagnóstico em relação ao problema, podem significar a derrocada de uma empresa. Afetam não apenas o empreendedor, mas também as pessoas que para ele trabalham e suas famílias.
Cuidar bem da gestão de um negócio não deve ser visto apenas como uma forma de obter lucro. É também a obrigação social de todo empresário. Assim como a mão de obra qualificada é uma exigência do mercado, a preparação do gestor deveria ser a regra das empresas de qualquer porte.
Compreender a necessidade de planejar as decisões, minimizando assim os erros, é um dos papéis dos administradores. Não é à toa que o Planejamento Estratégico tenha sido escolhido pelo público do Negócios em Pauta como o primeiro tema a ser repetido nos workshops do projeto.
Em evento realizado na Acil, em Lajeado, três palestrantes mostraram as estratégias de planejamento em contextos distintos. Vice-reitor da Univates, Carlos Cândido da Silva Cyrne falou sobre a responsabilidade diante de uma instituição de ensino com mais de 1,3 mil funcionários, entre professores e técnicos administrativos, e 12,4 mil alunos.
Diretor conselheiro e consultor estratégico da Divine Chocolates, Lari José Audibert apresentou a trajetória da empresa de Encantado que se tornou referência em qualidade no mercado do setor.
Os desafios de estabelecer um planejamento estratégico no poder público foram abordados pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura de Lajeado, Douglas Sandri.
Entrevistado do mês é o fundador da Rola Moça, Alexandre Dullius. Ao lado da mulher, Lia, ele criou em 1996 a marca que se tornou referência em moda fitness. Hoje, a fábrica de Estrela envia as peças para todo o Brasil e mais de 20 países.
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Obstinado pelo trabalho, Dullius ingressou no ramo de confecções aos 13 anos, como representante comercial. Fruto de uma mistura de necessidade, persistência e competência, a Rola Moça é, para Dullius, o resultado de todos os erros e acertos cometidos em empresas criadas antes.
A paixão pela marca está estampada na pele do empresário, que tatuou o logotipo em 2001. Inspirado em um poema de Mário de Andrade e no parque homônimo em Minas Gerais, o nome Rola Moça é hoje um dos mais reconhecidos no universo fitness.
Nesta edição, também iniciamos uma série de matérias sobre a atuação do Sebrae-RS na qualificação das micro e pequenas empresas da região. Por meio do programa Perfil Empreendedor, a entidade visitou e diagnosticou o perfil mais de duas mil empresas nos vales do Taquari e Rio Pardo de forma gratuita.
A avaliação dos itens finanças, estratégias, processos, pessoas, vendas e marketing é comparada com outras companhias do mesmo segmento, em um banco de dados com mais de 25 mil organizações do RS. Após a visita, o empresário recebe uma imagem do perfil da empresa, com dicas para melhorar os pontos fracos.